Marina Silva e Dilma Roussef: bobo é quem vê diferença entre elas. Esta eu soube através do blog
"O possível e o extraordinário", do meu amigo Wagner Moura.
"Não posso simplificar dizendo que sou contra ou a favor. No meu entendimento acho que deve haver um plebiscito. Não se pode impor nem a posição dos que são contra nem a dos que são a favor. Não se trata de satanizar a mulher que busca alternativa para seu desamparo, mas seria reducionismo achar que aborto é um ato sem consequência. Precisamos aprofundar esse debate. Advogo para que se possa ter essa discussão.” Senadora Marina Silva durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, 21/09/2009."
Por que a senadora não faz o serviço completo e pede também um plebiscito para o homicídio, que, assim como o aborto, também está elencado entre os "Crimes contra a vida" em nosso Código Penal? A verdade é que a senadora, ciente ou não, está defendendo uma
inconstitucionalidade. Isto só para ficar no terreno legal.
A questão, na verdade, é bem simples: não cabe um posicionamento a favor do aborto pois se trata de uma vida humana. Ou isto ou a senadora parte para a relativização do mandamento "Não matarás", que ela ao menos deve conhecer. Ou então a senadora, contra tudo o que a ciência já sabe, insiste, da mesma forma que muito abortistas, que o fruto da concepção não é humano.
Este é o tamanho da confusão em que se meteu a senadora, que é apontada por ampla maioria da mídia como uma pessoa altamente ética. Na questão do aborto, em minha humilde opinião, a senadora, assim como seu companheiro Lula, faz mais mal do que uma abortista declarada.
Explico: o que muito atrapalha na defesa da vida são as pessoas que se dizem "pessoalmente contra o aborto, mas..."; gente como Marina Silva, Lula e outros. Atrapalham porque são eles, com sua visão relativista da vida humana, que mais munição dão aos que procuram a liberação do aborto.
O que a senadora do fundo do abismo de sua visão relativista não consegue enxergar é que o aborto não é alternativa para o desamparo em que por acaso se encontre uma mulher. Alternativa seria a desburocratização de adoções, seria implementar medidas de apoio à mulher grávida, seria construção de creches, de escolas, etc.. O aborto, a eliminação de um ser humano em estágio ainda frágil, não é alternativa a nada.
O que vai ficando claro é que a famosa ética de Marina Silva é a ética possível a uma esquerdista, uma ética tão relativista que chega ao ponto de, sob uma retórica bem elaborada, olhar para o lado enquanto crianças vão parar em trituradores de carne.
A senadora acha que o debate deve ser aprofundado. Debater o que, senadora? Debater que os frutos da concepção não são seres humanos? Ou debater que o aborto é uma "alternativa" à vida da criança?
Esta ética de
Marina Silva a mim não surpreende, é uma ética caduca, uma ética que se adapta ao público, é uma ética que serva para nada, apenas para favorecer o assassinato cruel de crianças no ventre de suas mães.
A senadora acerta ao falar que o aborto não é um ato sem conseqüências. Corretíssimo! A conseqüência de TODO aborto, fora os problemas físicos e psicológicos para a mãe, é a cruel morte de um ser humano e não há plebiscito que mude isto.