"É UMA OPORTUNIDADE" para legalizar o aborto, diz a feminista Ilana Löwy |
A mais nova estrela da turma pró-aborto não está entre os parlamentares, não está entre os intelectuais, não está entre os jornalistas que divulgam dados fraudulentos para tentar enganar os incautos, não está em alguma das inúmeras ONGs cujo único objetivo é lutar pela legalização do aborto, não está no Poder Judiciário e tampouco está no governo petista, que desde sua ascensão ao poder busca incansavelmente a completa liberação do aborto no Brasil. (Mas é bom notar que também o PSDB, representado principalmente por José Serra, já foi responsável por desastrosas decisões favoráveis ao aborto no Brasil.)
Nada disto. A nova estrela do movimento abortista no Brasil é o mosquito Aedes Aegypt, que transmite o vírus Zika e que vem causando pânico no Brasil e em outras partes do mundo. Este mosquito é a esperança de inúmeros defensores do assassinato de bebês no ventre de suas mães. Simples assim? Sim, simples assim. Como a população é esmagadoramente contrária ao aborto, e os esforços jurídicos e políticos vêm demorando muito mesmo após mais de 12 anos de governo petista, que era a grande esperança dos abortistas, parece que eles resolveram apelar para a guerra biológica e resolveram ir atrás do bloco do mosquito.
Este mosquito virou o mascote entre a turma do aborto. ONGs abortistas, parlamentares supostamente "progressistas", jornalistas que afetam isenção sobre o assunto, intelectuais e militantes feministas radicais, todos estão adorando o pânico causado pelo o aumento dos casos de infecção pelo vírus Zika entre a população e pela suspeita de que esta infecção seja a causa do surto de casos de microcefalia que vem ocorrendo principalmente no Nordeste do País, coisa que sequer foi comprovada pelos dados disponíveis até o momento.
Dizer que tais pessoas estão adorando o pânico da população é uma palavra muito dura? Será mesmo que alguém seria capaz de ser baixo ao ponto de ver a fundamentada preocupação da população como, digamos, uma oportunidade para levar à frente a agenda da liberação do aborto? Será que alguém seria capaz de tal baixeza? Resposta: sim. Um retumbante "SIM".
E há provas disto? Sim, há. Vez por outra um militante favorável ao aborto deixa-nos ver claramente suas reais intenções e seus métodos. Foi exatamente o que fez a professora Ilana Löwy em entrevista à revista "Época" desta semana. Eis o trecho em questão:
"ÉPOCA – O surto de zika vírus e sua provável relação com o aumento de casos de microcefalia podem influenciar, como ocorreu com a rubéola na Europa, mudanças na legislação sobre o aborto no Brasil?
Ilana Löwy – É uma oportunidade. Espero de verdade que a epidemia de zika vírus no Brasil abra espaço para se debater o direito de decisão da mulher de ter ou não o bebê, como aconteceu com a epidemia de rubéola no Reino Unido. (...)"
Ficou claro o suficiente? A professora Löwy chama de "oportunidade" a epidemia do vírus Zika que vem causando pânico entre a população. Ela, ao invés de esperar e cobrar que a epidemia seja debelada, espera que esta tragédia na área da Saúde "abra espaço" para o debate sobre o aborto.
A professora não poderia ser mais clara sobre como é o método abortista de proceder e aproveitar o que eles chamam de "oportunidades". Seja o estupro de mulheres, seja a gravidez de menores de idade, seja o drama das mulheres que têm de enfrentar gravidezes de fetos anencéfalos, nada parece escapar à sanha abortista pela busca de "oportunidades" para que o aborto seja totalmente liberado.
Mas, como não poderia deixar de acontecer, a revista "Época" não conta tudo sobre a professora Ilana Löwy. Ao chamar sra. Löwy apenas de "pesquisadora", a revista foi, digamos assim, bem superficial sobre o currículo da professora.
Quem é Ilana Löwy, seria ela apenas uma apenas uma pesquisadora? Segundo a "Revista Estudos Feministas", vol. 23, nº 2, de 2015, ela é:
"bióloga, historiadora das ciências e feminista. (...) e autora de vários ensaios sobre as relações entre ciências biomédicas, gênero e feminismo, envolvendo temáticas como a assistência médica à reprodução, história da contracepção e os problemas ligados à utilização dos hormônios como medicamentos."
Por que a "Época" não indicou que a professora Löwy é feminista? A revista a qualifica como historiadora científica e esquece de fazer referência ao feminismo da professora? E isto justo agora que qualquer cantora, blogueira, atriz e até mesmo "homens" (os patéticos "feministos") adoram serem reconhecido como feministas?
Sobre os interesses da professora, a publicação diz apenas que "são voltados para diagnósticos pré-natais e prevenção e tratamento de doenças relacionadas a mudanças no material genético do feto", sem uma palavra sequer sobre o espectro real dos interesses da acadêmica, que pode ser visto em seu mini-currículo publicado na "Revista Estudos Feministas". Isto é, no mínimo, curioso, mas não é incomum que a "Época" saia dos trilhos quando trata do assunto aborto. Em 2008, a então redatora-chefe da revista, Ruth de Aquino, escreveu um artigo panfletário sobre o aborto e este foi abordado aqui mesmo neste blog ("Não, não é tudo verdade"). Na verdade, a "Época" apenas segue a linha editorial da imensa maioria da imprensa brasileira quando trata da questão do aborto.
É muito indicada a leitura de toda a entrevista, pois nela pode-se ver claramente o que vai na cabeça dos abortistas quando falam francamente sobre o assunto. Apenas para finalizar e ser breve, e deixando de lado o "esquecimento" da revista "Época" sobre o feminismo da professora Löwy, eis o último trecho da entrevista:
"ÉPOCA – A senhora estudou a febre amarela urbana, também transmitida pelo Aedes aegypti. É possível eliminar esse vetor, que transmite ainda dengue e zika vírus?
Ilana Löwy – É uma meta importante, mas muito difícil de ser atingida rapidamente. Minha crença de que será difícil eliminar os mosquitos está baseada na observação da dificuldade de eliminar a epidemia de dengue."
Ou seja, se está difícil matar os mosquitos, vamos então liberar a matança de bebês. É isto mesmo? A conclusão que se tira, por mais perversa que esta seja, é de que, para certas pessoas, até mosquitos têm mais direitos à vida que bebês não-nascidos.