Lembro-me até hoje de uma mensagem que li em uma lista de católicos norte-americanos na qual um dos listeiros escreveu um texto de título "My three day apostasy" ("Minha apostasia de três dias").
Neste interessantíssimo texto, ele contava como, em 1987, passou um curto período -- 3 dias -- como um apóstata. O início deste desgraçado período em sua vida foi que ele resolveu relativizar o ensinamento da Igreja contrário à contracepção. A partir deste ponto, que para muitos infelizmente é sem importância, foi aberto o caminho para a completa perda da Fé. Ensina ele que quando um fiel consegue racionalizar através de quaisquer malabarismos retóricos que a posição da Igreja é errada, o resultado final é desastroso. O relato de seu desespero crescente enquanto seu pensamento caminhava-se para a apostasia é tocante e deixa-nos ver as conseqüências de certas atitudes de tantos e tantos fiéis, que insistem em escolher apenas o que mais lhes agrada e lhes é conveniente dentre os ensinamentos da Santa Igreja.
Coisa parecida podemos ver no recente escândalo em que alguns padres se envolveram na cidade de São Paulo. Nem mesmo a solicitação de seu bispo foi suficiente para que eles encarassem de frente o erro em que se meteram. A semente do mal já vai plantada e bem regada em tantos corações, infelizmente.
Ignorar o conselho de um bispo sobre assunto que é de sua imediata competência não é pouca coisa. Pena que no Brasil a tendência é que isto se torne irrelevante. Podemos serenamente perguntar se o acontecido é mesmo alguma surpresa para alguém. Será que uma pessoa pode mesmo dizer-se surpresa ao ver inúmeros padres envolvendo-se em questões partidárias? Isto sem contar o fato dos posicionamentos completamente contrários aos da Igreja por parte da candidatura por eles apoiada.
Tampouco cobra-se dos sacerdotes que militem ou votem no candidato contrário. O que se exige -- e exigência é o termo certo -- é que eles se abstenham de envolvimento na baixa política partidária, seja a favor do candidato A ou B. O que se exige deles é que sejam obedientes ao seu bispo. E isto não é opcional, é dever. O escândalo que se criou é o fruto da desobediência dos senhores padres.
Mas... A coisa é pior do que se pensa. Há coisas bem erradas na Igreja no Brasil, coisas que devem ser resolvidas o quanto antes, sob pena de mais escândalos deste tipo virem à tona. Nos últimos tempos vêm se acumulando a quantidade e a qualidade de situações que são criadas geralmente por indivíduos que teriam o dever de zelar pela Igreja.
Vejamos alguns fatos que nos atingiram recentemente:
-- O impressionante caso da inserção do depoimento de uma militante pró-aborto em um DVD produzido para a Campanha da Fraternidade de 2008. Tudo isto com a participação de alguns padres verbitas de São Paulo. Este lamentável fato pode ser recordado aqui, aqui.
-- A lamentável divulgação do depoimento de uma coordenadora de pastoral vinculada à CNBB no qual se dizia favorável à descriminação do aborto, que pode ser lida aqui.
-- D. Pedro Luiz Stringhini, que agora enfrenta uma direta desobediência de seus padres, ao saber do depoimento da coordenadora -- que a ele estava subordinada --, resolveu esperar o término do mandato desta ao invés de mostrar-lhe a porta de saída por total incompatibilidade com os ensinamentos da Igreja. Isto pode ser lido aqui.
-- D. Demétrio Valentini, responsável direto pela Pastoral à qual a coordenadora estava vinculada, ao ser confrontado com o caso, saiu-se com a pérola de que o depoimento da coordenadora era válido. Este absurdo pode ser lido aqui.
-- Meses após este escândalo, a coordenadora ainda permanecia, segundo constava no site da pastoral, na mesma posição de liderança, o que pode ser lido aqui.
-- A própria pastoral em questão, Pastoral da Mulher Marginalizada, exibia em seu site o apoio de algumas organizações feministas que nada têm a fazer junto a qualquer pastoral. Estas ligações estranhas podem ser vistas aqui, aqui, aqui e aqui.
-- Saindo um pouco de toda esta confusão envolvendo a Pastoral da Mulher Marginalizada, que tal perguntarmos o que uma política diretamente responsável pela implementação do primeiro serviço de abortamento "legal" no Brasil tem a falar a nossos padres? O que Luiza Erundina que, fora a obra pioneira do aborto "legal", foi também quem solicitou o desarquivamento do Projeto de Lei 4403/2004, que trata do abortamento de fetos anencéfalos, teria a ensinar a nossos padres no último Encontro Nacional de Presbíteros, acontecido em Itaici-SP e que contou com a presença de 450 sacerdotes? Este história absurda pode ser lida aqui.
Resumo da ópera: quem é que se pode dizer surpreso com a desobediência de 40 padres? Só o que podemos perguntar é quando é que quem pode atuar para acabar com estes absurdos tomará alguma atidude? O povo católico confia e espera.
Neste interessantíssimo texto, ele contava como, em 1987, passou um curto período -- 3 dias -- como um apóstata. O início deste desgraçado período em sua vida foi que ele resolveu relativizar o ensinamento da Igreja contrário à contracepção. A partir deste ponto, que para muitos infelizmente é sem importância, foi aberto o caminho para a completa perda da Fé. Ensina ele que quando um fiel consegue racionalizar através de quaisquer malabarismos retóricos que a posição da Igreja é errada, o resultado final é desastroso. O relato de seu desespero crescente enquanto seu pensamento caminhava-se para a apostasia é tocante e deixa-nos ver as conseqüências de certas atitudes de tantos e tantos fiéis, que insistem em escolher apenas o que mais lhes agrada e lhes é conveniente dentre os ensinamentos da Santa Igreja.
Coisa parecida podemos ver no recente escândalo em que alguns padres se envolveram na cidade de São Paulo. Nem mesmo a solicitação de seu bispo foi suficiente para que eles encarassem de frente o erro em que se meteram. A semente do mal já vai plantada e bem regada em tantos corações, infelizmente.
Ignorar o conselho de um bispo sobre assunto que é de sua imediata competência não é pouca coisa. Pena que no Brasil a tendência é que isto se torne irrelevante. Podemos serenamente perguntar se o acontecido é mesmo alguma surpresa para alguém. Será que uma pessoa pode mesmo dizer-se surpresa ao ver inúmeros padres envolvendo-se em questões partidárias? Isto sem contar o fato dos posicionamentos completamente contrários aos da Igreja por parte da candidatura por eles apoiada.
Tampouco cobra-se dos sacerdotes que militem ou votem no candidato contrário. O que se exige -- e exigência é o termo certo -- é que eles se abstenham de envolvimento na baixa política partidária, seja a favor do candidato A ou B. O que se exige deles é que sejam obedientes ao seu bispo. E isto não é opcional, é dever. O escândalo que se criou é o fruto da desobediência dos senhores padres.
Mas... A coisa é pior do que se pensa. Há coisas bem erradas na Igreja no Brasil, coisas que devem ser resolvidas o quanto antes, sob pena de mais escândalos deste tipo virem à tona. Nos últimos tempos vêm se acumulando a quantidade e a qualidade de situações que são criadas geralmente por indivíduos que teriam o dever de zelar pela Igreja.
Vejamos alguns fatos que nos atingiram recentemente:
-- O impressionante caso da inserção do depoimento de uma militante pró-aborto em um DVD produzido para a Campanha da Fraternidade de 2008. Tudo isto com a participação de alguns padres verbitas de São Paulo. Este lamentável fato pode ser recordado aqui, aqui.
-- A lamentável divulgação do depoimento de uma coordenadora de pastoral vinculada à CNBB no qual se dizia favorável à descriminação do aborto, que pode ser lida aqui.
-- D. Pedro Luiz Stringhini, que agora enfrenta uma direta desobediência de seus padres, ao saber do depoimento da coordenadora -- que a ele estava subordinada --, resolveu esperar o término do mandato desta ao invés de mostrar-lhe a porta de saída por total incompatibilidade com os ensinamentos da Igreja. Isto pode ser lido aqui.
-- D. Demétrio Valentini, responsável direto pela Pastoral à qual a coordenadora estava vinculada, ao ser confrontado com o caso, saiu-se com a pérola de que o depoimento da coordenadora era válido. Este absurdo pode ser lido aqui.
-- Meses após este escândalo, a coordenadora ainda permanecia, segundo constava no site da pastoral, na mesma posição de liderança, o que pode ser lido aqui.
-- A própria pastoral em questão, Pastoral da Mulher Marginalizada, exibia em seu site o apoio de algumas organizações feministas que nada têm a fazer junto a qualquer pastoral. Estas ligações estranhas podem ser vistas aqui, aqui, aqui e aqui.
-- Saindo um pouco de toda esta confusão envolvendo a Pastoral da Mulher Marginalizada, que tal perguntarmos o que uma política diretamente responsável pela implementação do primeiro serviço de abortamento "legal" no Brasil tem a falar a nossos padres? O que Luiza Erundina que, fora a obra pioneira do aborto "legal", foi também quem solicitou o desarquivamento do Projeto de Lei 4403/2004, que trata do abortamento de fetos anencéfalos, teria a ensinar a nossos padres no último Encontro Nacional de Presbíteros, acontecido em Itaici-SP e que contou com a presença de 450 sacerdotes? Este história absurda pode ser lida aqui.
Resumo da ópera: quem é que se pode dizer surpreso com a desobediência de 40 padres? Só o que podemos perguntar é quando é que quem pode atuar para acabar com estes absurdos tomará alguma atidude? O povo católico confia e espera.
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