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quinta-feira, junho 12, 2008

PMM e suas ligações obscuras - II




Abaixo, continuo com a exposição da agenda das entidades que apóiam a PMM - Pastoral da Mulher Marginalizada.

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2) CFSS - Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde

Esta entidade também não fica atrás quando o tema é o aborto. Há artigos em que o histórico da luta abortista é contado:

"A primeira iniciativa para a implantação do serviço de atendimento aos casos de aborto previsto por lei partiu da deputada Lúcia Arruda (PT/RJ). O projeto de lei foi sancionado pelo então governador do Estado de Rio do Janeiro, Leonel Brizola, que posteriormente recuou diante da forte pressão da Igreja Católica.

Em 1988, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Saturnino Braga, regulamentou a Lei nº 1.042, de 28/07/1987, estabelecendo a obrigatoriedade do atendimento médico pela rede de serviços de saúde para a prática do aborto nos casos previstos pelo Código Penal (Seminário Nacional Aborto, Cidadania e Justiça Social - São Paulo, maio/95).

Na cidade de São Paulo, em 1989 o governo da prefeita Luiza Erundina criou este serviço por meio da Portaria nº 629/89, de 26/04/89, que dispõe a "obrigatoriedade da rede hospitalar do município, do atendimento médico para o procedimento de abortamento nos casos de exclusão de anti-juricidade, previstos no Código Penal"." (original aqui)

Em outros, o movimento petista em direção à legalização do aborto é louvado:

"Nesse sentido é relevante a instalação da Comissão Tripartite para revisar a legislação punitiva do aborto, no sentido, espera-se, de promover a sua descriminalização e legalização. O movimento tem a sua frente o desafio de acompanhar e influenciar fortemente esse processo, com o fim de buscar alcançar o máximo de êxito na garantia de inclusão de suas propostas no sentido de que, finalmente, neste país, tenhamos a dignidade de deixar de punir as mulheres que praticam abortos ilegais, conforme preceituam os acordos firmados nas Conferencias Internacionais do qual o Brasil é signatário." (original aqui)

Também na página desta entidade feminista, há um livro, com o título de "SAÚDE DAS MULHERES: EXPERIÊNCIA E PRÁTICA DO COLETIVO FEMINSTA SEXUALIDADE E SAÚDE". Há um capítulo inteiro dedicado ao aborto, no qual enormes MENTIRAS sobre a Igreja são divulgadas.

Podemos ler trecho no qual é dito que "
A Igreja Católica tem mudado sua atitude [em relação ao aborto] conforme o Papa que se encontra no poder". Nada mais mentiroso, um parágrafo produzido para enganar católicas ingênuas e, provavelmente, desesperadas. Nada, porém, que possa surpreender quem tem o mínimo contato com o modus operandi de entidades feministas quando o assunto é aborto.

O fato é que houve durante um bom tempo discussão sobre o momento em que a alma é infundida no fruto da concepção, se no exato momento da concepção -- animação imediata --, ou se em momento posterior -- animação mediata. Porém, e isto é para ficar bem claro, a Igreja jamais deixou de condenar o aborto como prática abominável, mesmo que em determinados momentos tal pecado gravíssimo tivesse a punição mais branda devido a certas posições não considerarem o concepto já portador de alma humana.


Mas as senhoras do Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde pouco se importam em trazer uma informação de qualidade sobre a real posição da Igreja em relação ao aborto no decorrer dos séculos. O que vale é desinformar.

É por isto que podemos ler tal trecho:
"No século VI, com o Código de Justiniano, passou-se a considerar que o momento da infusão da alma só ocorreria quando o feto adquirisse forma humana. O que significaria que, enquanto a alma não estivesse infundida no novo ser, o aborto não poderia ser proibido."

É uma grossa MENTIRA que o aborto não pudesse ser proibido. Era e sempre foi proibido, apesar de em certos momentos na história haver dúvidas quanto à gravidade do pecado em virtude do debate se a animação era mediata ou imediata. A conclusão de que "o aborto não poderia ser proibido" é de lavra exclusivamente feminista e que lhes serve como uma luva. Só há um problema: carece de fundamento.

Para melhor esclarecer toda esta questão, há um excelente artigo do saudose e venerável Dom Estêvão Bittencourt e que pode ser lido aqui.

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No post seguinte, darei continuidade a esta série em que é abordado as ligações mais do que inconvenientes da PMM - Pastoral da Mulher Marginalizada.

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