Neste novo escândalo na Igreja no Brasil envolvendo a questão do aborto, o Bispo de Jales-SP, D. Demétrio Valentini, saiu em defesa da sra. Bernadete Aparecida Ferreira, coordenadora da Pastoral para Mulheres Marginalizadas e que deu depoimento declarando-se favorável à descriminalização do aborto.
O Bispo é o responsável direto pelo trabalho da sra. Bernadete, segundo consta na página da CNBB.
O Bispo é o responsável direto pelo trabalho da sra. Bernadete, segundo consta na página da CNBB.
Na reportagem do jornal "O Estado de São Paulo", D. Demétrio deu as seguintes declarações:
- “Posições radicais e fechadas em torno de temas como o aborto correm o risco de comprometer a Campanha da Fraternidade, a ser lançada na próxima quarta-feira”
- “é válido o depoimento de Bernadete, pois é um grito que vem não do teórico mas de quem conhece e vive com as mulheres marginalizadas”
- “O homem comete aborto toda vez que se desinteressa pela vida do filho que pôs na barriga da mulher.”
Tenho também 3 coisas a dizer, respeitosamente, sobre as declarações do bispo:
- Abrir a questão do aborto é coisa que a Igreja jamais fez, pois fazê-lo seria o mesmo que relativizar um mandamento direto de Deus: "Não matarás";
- O depoimento da sra. Bernadete Aparecida Ferreira, independente de sua experiência com mulheres marginalizadas, é frontalmente contrário ao ensinamento da Igreja. A experiência que ela tem na questão é irrelevante. Relevante é que seres humanos serão eliminados;
- Se um homem contribui para o aborto de seu filho, se ele é cúmplice neste "crime abominável" -- conforme palavras do Concílio Vaticano II, na Gaudium et Spes --, também deveria pagar pelo crime. Muito pior é que se tente relativizar a má atitude da mãe por causa da péssima atitude do pai. Infinitamente pior é que a criança gerada pague com a vida pela irresponsabilidade de seus pais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário