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quinta-feira, março 01, 2012

Universidades Católicas e a Cultura da Morte: o caso da PUC-SP


Já que tivemos recentemente uma notícia de que o Vaticano está dando um ultimato à Universidade Católica do Peru, o que é muito bem-vindo, podemos ter alguma esperança que as várias instituições católicas de ensino superior no Brasil também possam ser enquadradas.

Anos de complacência de nossos bispos e dos religiosos que presidem tais instituições tornaram-nas um antro de esquerdismo, de apologia ao homossexualismo e do abortismo. 

Exemplos para isto não faltam, mas há locais que se destacam. Houvesse uma competição para o quanto uma universidade católica se afasta de sua identidade, eu apostaria todas as minhas fichas na PUC-SP.

Para dar um único exemplo do quanto esta universidade vai dominada por gente que nada tem a ver com os valores católicos que deveriam ser o diferencial daquela instituição, basta que vejamos o currículo das principais cabeças da ONG pró-aborto "Católicas pelo Direito de Decidir". 

Todas estas informações foram tiradas do site da própria ONG e do sistema LATTES.


Maria José Rosado Nunes (http://lattes.cnpq.br/6468382496358455)

É Professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde faz parte do Colegiado e do Comitê Acadêmico. Ainda nesta instituição é Representante Docente do Departamento de Ciências da Religião junto ao conselho da Faculdade e Coordenadora da Área de Religião e Sociedade do Programa de Ciências da Religião

Notemos que Dra. Rosado Nunes não é apenas uma professora, ela acumula cargos de importância na universidade.

Quem dá uma olhada em seu currículo, pode ver que a professora já atuou em outras faculdades católicas, tais como a Universidade Santa Úrsula e a Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção.

Fundou, em 1993, e dirige a ONG Católicas pelo Direito de Decidir. Tem vínculo institucional com a PUC-SP desde 1994. Ou seja, quando foi contratada pela universidade, Maria José já havia fundado uma das ONGs pró-aborto mais ativas do Brasil.

Entre as publicações da doutora, podemos ver títulos como "Por Uma Ética de Solidariedade em Favor da Legalização do Aborto No Brasil" ou "É Possível Ser Católico e Apoiar o Direito ao Aborto" ou "Os desafios da comunicação em defesa da legalização do aborto" ou ainda "Aborto não é Crime: a luta pela vida". E esta lista se estende muito...


Regina Soares Jurkewicz (http://lattes.cnpq.br/6158553815462290)

Possui doutorado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Tese de doutorado: "Violência Clerical: abuso sexual de mulheres por padres no Brasil". Foi professora universitária no Instituto Superior de Teologia de Santo André e nas Faculdades Oswaldo Cruz. É coordenadora executiva e uma das fundadoras da ong Católicas pelo Direito de Decidir.

Apesar de a dra. Jurkewicz não listar vínculo institucional com a PUC-SP, é o endereço desta universidade que consta como seu endereço profissional.

A produção da doutora não é tão prolífica quanto a de Maria José Rosado Nunes, mas ela, como é de praxe entre as feministas pró-aborto que se dizem católicas, gosta de criar confusão advogando que a questão do aborto está ainda aberta, como na publicação "Aborto:un tema en discusión en la Iglesia Católica", na qual ela contribuiu.

Ela também gosta de aparecer na mídia para falar sobre o tema, chegando ao ponto de ir à TV Record, a tv do abortista Edir Macedo para discutir o tema "Aborto, Igreja e Pedofilia".



Responsável pelas atividades inter-religiosas e pela articulação com a Red Latinoamericana de Católicas por el Derecho a Decidir. Coordenadora do projeto de Formação de Multiplicadoras. Doutora em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP, sob orientação de Maria José Rosado Nunes.



Responsável pela articulação com o movimento LGBTT e por atividades voltada a jovens. Coordena o projeto  Arte pela legalização do aborto.  Mestre em Ciências da Religião (PUC-SP) e doutoranda em Psicologia Social (USP). O título de sua dissertação de mestrado foi "HOMOSSEXUALIDADE, RELIGIÃO E GÊNERO - a influência do catolicismo na construção da auto-imagem de gays e lésbicas", produzida sob orientação de Maria José Rosado Nunes.

***

Ou seja, a PUC-SP dá emprego e ajuda na formação de gente que luta pela liberação do aborto no Brasil. E isto é apenas o que se pode apurar a partir dos nomes que constam no site das Católicas pelo Direito de Decidir.

Pode-se alegar que uma universidade é realmente um espaço plural, onde várias correntes de pensamento são chamadas ao convívio. Só que é aí que entra o fato de que tais instituições são católicas e esta identidade deve permear todos os seus aspectos. 

Na Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae, eis o que está escrito:
Uma vez que o objectivo de uma Universidade católica é garantir em forma institucional uma presença cristã no mundo universitário perante os grandes problemas da sociedade e da cultura, ela deve possuir, enquanto católica, as seguintes características essenciais
1. uma inspiração cristã não só dos indivíduos, mas também da Comunidade universitária enquanto tal;
2. uma reflexão incessante, à luz da fé católica, sobre o tesouro crescente do conhecimento humano, ao qual procura dar um contributo mediante as próprias investigações;
3. a fidelidade à mensagem cristã tal como é apresentada pela Igreja;
4. o empenho institucional ao serviço do povo de Deus e da família humana no seu itinerário rumo àquele objectivo transcendente que dá significado à vida.

Difícil sequer imaginar que fidelidade à mensagem cristã é esta criada no ambiente da PUC-SP da qual saem tantas lideranças do abortismo nacional. Algo deve estar muito errado por lá há muito tempo e, provavelmente, há gente que deveria tomar alguma atitude e não o faz.


É evidente que não se está dizendo que tudo que sai da PUC-SP é ruim, mas uma das formas de combater o mal é evitar que ele se espalhe, não contribuir  para sua vitória. Ao que parece a PUC-SP tornou-se terreno fértil para muita coisa que nada tem a ver com uma instituição que possa se chamar de católica.

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