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quarta-feira, julho 29, 2009

Como detectar abortistas

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Um pouco de humor...

Na imagem acima, há uma série de testes que podem ser aplicados a qualquer pessoa para detectar seu nível de abortismo.

Na verdade, como já é convencionado, há abortistas e há pró-vidas. É uma questão preto ou branco, como gostam de dizer os norte-americanos. Não há ninguém que seja mais ou menos pró-vida e também não há os mais ou menos abortistas. A escolha de lado é necessária.

Dito isto, é bom que se diga que entre os abortista há gradações. Há aqueles que se acham piedosos, há aqueles que se acham defensores de direitos individuais (curiosamente "esquecendo" dos direitos do ser mais frágil), há aqueles que pouco se lixam para uma vida que não seja a sua. Em comum todos têm a peculiar capacidade de olhar para o lado quando um bebê será assassinado seja por qual motivo for.

Para detectar e classificar tais tipos de abortistas, vem bem a calhar o teste abaixo. São situações simples, nas quais um simples "sim" ou "não", "bom" ou "mau", resolve a questão. Apesar das situações extremamente simples, foi cientificamente comprovado que abortistas mostram uma incrível incapacidade de respondê-las de forma correta.

terça-feira, julho 21, 2009

A marcha da super-interina

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A cada dia que passa mais parece que a interinidade da Dra. Deborah Duprat não foi acaso. Um jornalista interessado poderia fazer muito bem a este país tentando destrinchar afinal o que aconteceu para que Dra. Duprat assumisse o cargo de Procuradora-Geral da República e iniciasse ações totalmente polêmicas e que, segundo ela, visam a "mudanças na estrutura desta sociedade".

Nunca é demais lembrar que no Brasil pós Constituição de 1988 jamais houve "vácuo" na troca de gestões dos titulares do cargo de Procurador-Geral da República. Isto é coisa que só o Lula faz pela gente.

Desta vez, o pacotão da Dra. Duprat vem com ações junto ao STF que alegam que manifestações a favor das drogas constituem liberdade de expressão e de opinião. E isto mesmo após o Dr. Roberto Gurgel já ter tido sua nomeação ao cargo de titular da Procuradoria-Geral da República publicada no Diário Oficial da União, com posse marcada para amanhã, 22/07/2009. Mas não há tempo ruim com a Dra. Duprat.

Dra. Duprat como Procuradora-Geral Interina podia fazer tanta coisa mais importante... Poderia, quem sabe?, atuar na gravíssima crise que envolve o Senado Federal, tentando impedir que o povo seja lesado pelos inúmeros picaretas de terno e gravata.

Mas que ilusão, não é mesmo? O mais importante mesmo é lutar para que o pessoal que quer o direito de dar um tapinha sossegado, os mesmos que fariam muito bem em ao menos enxergar suas fartas contribuições para o crime organizado, o importante é fazer com que as passeatas deste pessoal não sejam impedidas.

E o que diz Dra. Duprat? Isto aqui:
"O fato de uma ideia ser considerada errada ou mesmo perniciosa pelas autoridades públicas de plantão não é fundamento bastante para justificar que a sua veiculação seja proibida. A liberdade de expressão não protege apenas as ideias aceitas pela maioria, mas também - e sobretudo - aquelas tidas como absurdas e até perigosas. Trata-se, em suma, de um instituto contramajoritário, que garante o direito daqueles que defendem posições minoritárias, que desagradam ao governo ou contrariam os valores hegemônicos da sociedade, de expressarem suas visões alternativas"
Faltou a doutora lembrar que a idéia "considerada errada ou mesmo perniciosa pelas autoridades públicas de plantão" é um crime que tem conseqüências muito graves para a sociedade. Ela, carioca, deveria saber que sua cidade-natal tornou-se refém de traficantes acastelados em morros exatamente porque inúmeros governantes, mais preocupados com votos do que com o bem estar da população, deixaram a situação tornar-se insuportável.

E, para quem defende a "Marcha da Maconha", por que parar por aí? Não poderemos pensar no belíssimo futuro em que teremos uma "Marcha da Cocaína"? Ou quem sabe a "Marcha do LSD"? Ou a "Marcha da Heroína"?

É isto mesmo? Vale tudo, então?

Ah... Mas é claro que não vale tudo. Vá fazer uma marcha pela família, ou contra o avanço da agenda gay. Aí é demais! Não se acharia um procurador para defender tais manifestações.

segunda-feira, julho 20, 2009

A Caixa de Pandora da Dra. Duprat!

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*** Estamos apenas aguardando a união entre aqueles dois cavalheiros e será nossa vez. ***


Dra. Deborah Duprat, a super-interina que se aproveitou da interinidade no cargo de Procuradora Geral para alavancar ações que, segundo ela, "possam trazer mudanças na estrutura da sociedade", está de saída.

Claro que não deixará saudades, pelo menos entre aqueles que valorizam a vida humana, mesmo a vida daqueles seres humanos ainda no ventre de suas mães e que são portadores de graves deficiências. Não deixará saudades também entre aqueles que defendem a família natural, entre homem e mulher.

Mas provavelmente a interina deixará saudades entre aqueles que pouco se importam com a defesa da vida, principalmente daquela vida que encontra-se em estágio mais frágil. Há público para tudo e a interina parece conhecer bem o seu.

Sempre tão afoitas em mostrar o "destemor" da sub-procuradora, o que as manchetes dos jornais não mostraram é que a Dra. Duprat mostrou-se atrapalhada para defender sua reestruturação da sociedade a canetadas.

Os veículos de imprensa, tão preocupados em jogar confete na Dra. Duprat, ignoraram o despacho do Ministro Gilmar Mendes sobre a ADPF 178. Eis o trecho mais contundente do referido despacho:
"A inexistência de objeto específico e delimitado torna necessária a emenda da petição inicial para esclarecer quais atos do poder público violariam os preceitos fundamentais citados"
Pois é... Na pressa de fazer tudo correndo para aproveitar sua "possibilidade única", Dra. Duprat produziu uma ADPF capenga, e por isto mereceu levar uma bela chamada do Ministro Gilmar Mendes.

Mas Dra. Duprat, aquela que jamais deixa escapar uma "possibilidade única", não deixou a bola cair. No mesmo dia em que o STF concede vista à Procuradoria-Geral da República, a interina apresentou sua Emenda. Eficiência jurídica é com a Dra. Duprat! Ainda estou tentando entender: dada a assombrosa eficiência produtiva por que não é ela a titular?

Eis a resposta...

O caso todo é que a interina se enrolou totalmente. Seu temor é de que sua ação não seja acolhida por se tratar de uma ADPF, que não é o tipo de ação a ser usada nestes casos. Vem daí que a interina, em sua Emenda, pede que a ADPF inicialmente produzida e ajuizada seja acolhida como uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade).

Tudo bem, então? Não mesmo... Sobre o absurdo que é este pedido já havíamos comentado em postagem anterior:

"Se a interina quer declarar a inconstitucionalidade do Código Civil, por que não usou a ação própria (a ADI, visto que a ADPF só se pode usar subsidiariamente)? Ocorre que se assim o fizesse a incoerência da ação restaria cristalina. Pois o Código Cívil ao declarar que a união estável está circunscrita às relações entre homem e mulher nada mais faz do que repetir o preceito constitucional (que a Procuradora pretende esconder) estampado no parágrafo terceiro do Art. 226:
"§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento."
Como vai se declarar inconstitucional artigo de lei que se limita a copiar texto da própria constituição?"
E aí? Como é que a interina sai desta sinuca?

Ora, ciente do absurdo do que está pedindo -- a inconstitucionalidade de um texto original da Constituição -- ela faz, em sua Emenda produzida às pressas, uma esdrúxula exegese da Lei:
"Contudo a única interpretação que torna tal preceito compatível com a Lei Maior é a que concebe a expressão "entre homem e mulher", contida em seu texto, como meramente exemplificativa, de forma a admitir a interpretação analógica do dispositivo, para que ele se estenda à união entre pessoas do mesmo sexo (...)"
Ou seja, segundo a Dra. Duprat, parece que os parlamentares constituintes, ao utilizarem a expressão "entre homem e mulher" queriam na verdade apenas dar um exemplo do que estava porvir. Ou então, queriam apenas abreviar o trabalho de escrever "entre homem e mulher, ou entre homem e homem, ou mulher e mulher", pois o texto constitucional já estava grande demais e era necessário abreviá-lo um pouco ao menos, não?

Na verdade, levando a frente o pensamento dupratiano, podemos visualizar toda uma nova realidade. Se "união estável entre o homem e a mulher", conforme está literalmente na Constituição, é apenas um exemplo, então qual é o limite? Depois do "homem e homem" e "mulher e mulher", por que se limitar apenas a estes exemplos? Por que não "homem, homem e mulher" ou "mulher, mulher, homem e homem"?

E será que os exemplos deveriam limitar-se apenas aos seres humanos? Que tal a união entre espécies diferentes? Por que não, já que é apenas uma questão de listar exemplos para relativizar o texto constitucional, imaginar uma união "homem e cachorro" ou "mulher e cavalo" ou "homem, mulher e girafa"? Se a questão é imaginar exemplos para torcer a vontade dos constituintes, por que não imaginar "casamentos" deste tipo?

Dra. Duprat quer abrir a Caixa de Pandora e nem liga para quem terá de fechá-la. O importante, como sempre, é ficar bem com a patota.

É isto que temos, infelizmente.

***

Mas a farra da Dra. Duprat já terminou. Acabaram-se seus dias como interina. Acabou-se sua "possibilidade única". Já foi publicado no Diário Oficial da União a nomeação do novo Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Gurgel. A cerimônia de posse está marcada para o próximo dia 22.

Esperemos que o próximo Procurador da Republica se saia melhor que a interina.

Tchau, Dra. Duprat! Hora de partir!

sexta-feira, julho 17, 2009

A quixotesca feminista malufista

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Pois é... A entediante Senhora Boring -- quem já a leu, sabe que a hipérbole bilíngüe é merecida -- continua enchendo as caixas de correio com seus comentários retirados do mundo de fantasia em que ela resolveu viver. Mais uma vez chegou uma mensagem não solicitada em meu correio, desta vez ela se incomodou com um post sobre ela mesma.

Mas ela é divertidíssima, e, bem ao contrário do que sua fantasia delirante a fez afirmar, pelo menos aqui ela não é persona non grata. É aqui muito bem-vinda! Ajuda a dar um toque de humor em um blog que trata de um tema tão sério. Por enquanto, vamos brincando, Senhora Boring.

Jamais achei que um dia eu seria obrigado a citar Galvão Bueno, que acho um dos caras mais chatos do planeta -- mas que perde de longe para a Senhora Boring --, mas tenho que dar o braço a torcer e afirmar junto com o nauseante locutor: "Eu já sabia!"

Eu já sabia que teria que repetir tudo novamente. Eis a prova, constante na última postagem:
"Dizem que uma das definições de loucura é exatamente uma pessoa fazer a mesma coisa repetidas vezes esperando resultados diferentes. Bem... Estarei esperando a senhora escrever as mesmas asneiras para que eu repita novamente o óbvio. E depois novamente. E novamente... E novamente..."
E não é que ela, em nova mensagem para sua listinha, repete as mesmas asneiras? Quem já teve o prazer cômico de acompanhar os comentários da Senhora Boring em outros blogs sabe que isto já era esperado.

A coisa funciona mais ou menos assim: ela lê algo e, em suas loucas fantasias, fica indignada; vocifera comentários dos tipos que pudemos ler na postagem anterior, um monte de blá-blá-blá que nada tem a ver com o que foi escrito; alguém lhe responde mostrando que suas asneiras só fazem sentido na Ilha da Fantasia que se esconde sob seu couro cabeludo; não satisfeita, ela volta ao ponto inicial, agora mais indignada.

Eu já soube de crianças que, contrariadas, davam cabeçadas na parede. Parece que a diferença entre elas e a Senhora Boring é que elas cresceram e aprenderam.

De qualquer modo vamos a mais uma mensagem da Senhora Boring para sua listinha. A diversão é garantida!

GENTE, OLHE COMO SÃO AS PESSOAS!

QUANTO ÓDIO E QUANTA INTOLERANCIA CABEM DENTRO DE UM SER HUMANO?


O PIOR QUE ESSE TIPO DE PESSOA É O QUE SAI COM BANDEIRAS SE DIZENDO A FAVOR DA VIDA?


COMO ALGUÉM PODE ACREDITAR NA SUA "LUTA PRO VIDA" SE ELE PREGA O ÓDIO E A INTOLERANCIA?


COMO AKGUÉM, QUE ACREDITA ESCREVE ESSA PÉROLA DA SABEDORIA "Aparentemente, para as feministas, quando se fala de estupro, seu lema é, a la Maluf, "estupra mas não mata". " PODE SER LEVADO A SÉRIO?


REITERO O QUE DISSE, NÃO SEI SE ESSA PESSOA TEM MÃE, MULHER, IRMÃ OU FILHAS.


NÃO SEI O QUE ESSA PESSSOA PENSA A RESPEITO DAS MULHERES DE SUA FAMILIA ( SE AS TEM ) E DAS MULHERES EM GERAL.


MAS COM CERTEZA É O TIPO DE HOMEM QUE NÃO RESPEITA A MULHER.


NÓS QUE SOMOS MÃES, ESPOSAS, FILHAS E IRMÃS.


NÓS, MULHERES, QUE NUMA MAIORIA IMENSA, CUIDAMOS ATÉ ECONOMICAMENTE DE NOSSOS FILHOS, POIS MUITAS DE NÓS FOI ABANDONADA PELOS COMPANHEIROS AO SABEREM QUE SERIA PAI, E CUIDA COM AMOR E SACRIFICIO DO FILHO.


XXXXXX


XXXXXX

XXXXXX

XXXXXX

SERÁ QUE O SUBSCRITOR DESSE "MAGNÍFICO" TEXTO É A FAVOR QUE AS MULHERES VIVAM?

OU SERÁ QUE ELAS TÊM QUE SER MORTAS, AO SEREM ATACADAS, POR SERES QUE VIVEM NAS TREVAS, OS QUAIS ME RECUSO A CHAMAR DE HOMEM?


QUE TIPO DE GENTE É ESSA PESSOA?


QUEM É A MULHER PARA ELE?


UMA "IMCUBADEIRA" ? CADÊ O TÃO PROPALADO RESPEITO PELA VIDA?


QUE VERGONHA ESSE TIPO DE PESSOA, AINDA VEM PÚBLICO OFENDER AS MULHERES, E SE ACHA MUITO MAS MUITO INTELIGENTE.


GRAÇAS A DEUS, SOU CONSIDERADA UMA "PERSONA NON GRATA", EM SEU MEIO, POIS AFINAL, QUEM É O "ESTUPRADOR" DAS MULHERES NESSE TEXTO?


QUERO VER SE OS "ALIADOS" DELES DARÃO A DIVULGAÇÃO DA RESPOSTA...


NOSSA SENHORA QUE NOS PROTEJA!


PS. SÃO MAIS DE 500 PESSOAS QUE RECEBERAM ESSA MENSAGEM
Eis aí mais uma "resposta", que é como ela chama seus comentários a interpretações fantasiosas que ela insiste em fazer dos textos alheios. O curioso é que ela evita comentar o real sentido do texto, preferindo muito mais usar de chamadas emocionais baseadas em seus delírios de inverno para incitar uma turba de 500 internautas contra mim.

A mensagem segue como veio, com erros e tudo. A única coisa que alterei -- "XXXXXX" -- é onde a Senhora Boring faz comentários sobre suas relações familiares totalmente desnecessários. A caixa alta é dela mesma, indicando que a raiva da Senhora Boring está acumulando, atingindo ponto de ebulição.

Mas será que há algo para comentar nesta "resposta"? Bem... Resposta não é mesmo, convenhamos. Pois quem é que começa uma resposta assim -- "GENTE, OLHE COMO SÃO AS PESSOAS!"? Ela não responde, muito devido à sua conhecida incapacidade de argumentar, mas também devido a isto não ser seu objetivo, ela quer mesmo é arrumar aliados, mesmo que à custa da verdade, coisa pela qual ela jamais demonstrou qualquer aprêço.

Embora a simples exposição da "resposta" já seja o necessário para suficiente divertimento, há algo a ser comentado. Há trechos que merecem destaque, até mesmo por uma questão de aprofundamento no mundo cômico da Senhora Boring.

Como não rir quando lemos "QUANTO ÓDIO E QUANTA INTOLERANCIA CABEM DENTRO DE UM SER HUMANO?" ? Como não imaginar a Senhora Boring em um palco, bradando tais palavras a uma imaginária multidão delirante? Senhora Boring não responde e não argumenta; a única coisa que ela faz á panfletar, esperando arrumar uma turba de internautas.

Como não gargalhar ao ler "NÓS QUE SOMOS MÃES, ESPOSAS, FILHAS E IRMÃS." E o mais cômico é que a frase termina assim mesmo, sem qualquer complemento do que ela tentava dizer. Até mesmo o Lula, o presidente ilusionista, sabe que ao começar uma frase com o seu conhecido "Companheiros e companheiras" deve continuar e falar alguma besteira. A Senhora Boring, não. Para ela, basta falar "NÓS QUE SOMOS BLÁ-BLÁ-BLÁ" e isto basta para dizer algo.

Ela pensa mesmo estar juntando uma turma do barulho para lutar contra uns tantos moinhos-de-vento. Ela é, digamos assim, uma Dona Quixote do mal. O célebre personagem de Cervantes tinha altos ideais, mas a Senhora Boring os substitui pela baixeza de criar um mundo de fantasia próprio e querer encaixar nele o resto do mundo.

O mundo fantasioso da quixotesca Senhora Boring é tão amalucado que ela é incapaz de escrever uma frase seguida a outra que faça sentido:
"NÃO SEI O QUE ESSA PESSSOA PENSA A RESPEITO DAS MULHERES DE SUA FAMILIA ( SE AS TEM ) E DAS MULHERES EM GERAL.

MAS COM CERTEZA É O TIPO DE HOMEM QUE NÃO RESPEITA A MULHER."
Ou seja, ela não sabe o que eu penso sobre as mulheres, mas ela tem certeza que não as respeito. Quem é que consegue entender uma coisa destas? Ela combate ou não moinhos de vento criados sabe-se lá em qual canto obscuro de sua cabecinha?

Mas o errado sou eu mesmo... Confesso! Estou muito errado em cobrar o mínimo de coerência de um ser que nasceu do cruzamento do pior do malufismo com o melhor do feminismo. Só podia mesmo dar nisto que está aí: uma criatura que não argumenta, panfleta; uma criatura que não pensa, fantasia; uma criatura cuja única coisa que sabe bem fazer é portar-se como uma criança mimada que bate a cabeça na parede quando contrariada.

E ainda tem a capacidade de lançar desafios para que "aliados" -- mais moinhos-de-vento! -- divulguem sua "resposta". Nem preciso de aliados, Senhora Boring, sou em mesmo que publico suas asneiras como um monumento contra a truculência e a ignorância de quem só quer criar confusão e agitar uma patotinha. Talvez isto funcione no jardim-de-infância, mas aqui a coisa é mais séria.

A invocação a Nossa Senhora é providencial! Que Nossa Senhora a proteja, principalmente dela mesma.

quinta-feira, julho 16, 2009

A entediante feminista malufista

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Recebi em meu e-mail pessoal uma mensagem não solicitada. Sei lá como esta senhora (a quem chamarei de Senhora Boring) tomou conhecimento de meu endereço, mas o fato é que ela nem mesmo atendeu às solicitações para que eu saísse de sua lista. Que nada... Ela, talvez achando-se o supra-sumo da sabedoria, vai enchendo as caixas de correio alheios com as maiores besteiras que lhe vêm à cabeça.

Já que a referida internauta também se exime de mostrar a quem repassa seus e-mails quais são os destinatários de suas asneiras, evitando assim que os destinatários possam receber uma resposta da parte que foi atacada pela truculência da remetente, segue aqui uma resposta a uma mensagem desta senhora, pessoa que eu jamais quis em minhas relações e à qual já até solicitei para deixar-me de fora dos destinatários de suas asneiras.


Aliás, mal sabe a senhora que seus e-mails e dizeres tornaram-se motivo de jocosos comentários na blogosfera nacional. Ela ainda vai longe... A continuar no ritmo que está, tornar-se-á digna de um verbete em alguma Wikipedia da vida. O significado do nome da senhora será conhecido talvez nestes termos:
-- Pessoa incoerente, capaz de afirmar uma fé que não vivencia. Exímia produtora de juízos temerários, é portadora de uma incrível capacidade de distorcer o pensamento alheio para que caibam em seus parâmetros diminutos e provincianos.
Ou coisa parecida. Mas que haveremos de fazer, não é mesmo? Temos que conviver com tais tipos na internet. Não divulgo seu nome apenas por respeito a seus familiares, que não têm culpa por serem obrigados a compartilhar o nome de família que esta senhora insiste em arrastar na lama, virando motivo de chacotas digitais.

Mas é melhor mostrar logo o que Senhora Boring escreveu:

Recebi esse email hoje, e fiquei impressiona com o ABSURDO que está escrito!
Como pode, um homem dizer uma barbaridede dessa?

O que leva um homem a escrever esse lixo?

Qual mulher "queima sutiam" hoje em dia?

Será que ele pensa que é bom andar sem sutiam?

Será que ele tem mãe, ou irmã, ou mulher ou filhas?

E se as tem, será que as respeita? ( ou as quer mártires de SUA fé )

Será que ele é misógino?

Não dá para entender, uma pessoa, homem ou mulher pensar dessa forma, o que dirá escrever...

Esse tipo de homem que defende a "martirização" das mulheres é tão diferente dos islamicos que vivem para morrer como mártires?

Só que aqueles, dão a SUA vida por sua fé e esse quer que as mulheres morram ...

Realmente, não podemos comparar esse é a covardia em pessoa.
O motivo da raivosamente espumante revolta da senhora internauta? O post em que comparo feministas a malufistas. Não aos malufistas em geral, seja isto bem entendido, mas a qualquer malufista que concorde com as famosas palavras do conhecido político: "Estupra, mas não mata".

Pois a senhora pode babar de raiva mais um pouco: reitero tudo o que escrevi. E mais ainda, exponho os absurdos (estes, sim, verdadeiros) que ela escreveu.
Qual mulher "queima sutiam" hoje em dia?
Será que ele pensa que é bom andar sem sutiam?
Não sei o que é pior, se a patológica incapacidade de entender uma ironia que seria capaz de fazer rir a uma criança em cueiro ou a desnecessária e descabida pergunta sobre o que eu penso sobre como as mulheres gostam de andar.

Não é à tôa que os comentários da senhora fizeram tanta gente feliz, pois como não rir de quem escreve tamanha asneira após ler um texto como o que escrevi? Ganha um doce quem conseguir explicar como a senhora consegue perguntar "é bom andar sem sutiam?" após ler a postagem em referência.

Mas cuidado! Tentar entender como a mente de tal senhora funciona pode trazer sérios danos a um cérebro são.
Será que ele tem mãe, ou irmã, ou mulher ou filhas?
E se as tem, será que as respeita? ( ou as quer mártires de SUA fé)
Será que ele é misógino?

Faltou a Senhora Boring explicar o que isto tem a ver com o que escrevi. Bem... Faltou nada! E alguém consegue entender qualquer coisa que ela tenta explicar? Sua incapacidade de expressão só é superada por sua incapacidade de compreensão.

Seus períodos, curtos e inexpressivos, e a falta de encadeamento nas idéias, deixam transparecer um pensamento que parece mover-se aos soluços ou, talvez, como o cambalear de um bêbado procurando algum apoio que evite a queda iminente. Mas o utópico poste da Senhora Boring jamais chega, pois sua capacidade de argumentação é comparável a de um papagaio mal treinado. E para compensar isto, que faz a Senhora Boring? Ora... Enche seus comentários de distorções e trechos emocionais, procurando ganhar através da artificial indignação e da mentira o que ela é incapaz de conquistar por uma correta argumentação.

Com o triste trecho acima, a Senhora Boring queria tentar jogar para sua galera (sua listinha secreta de e-mails) que eu desrespeito as mulheres. E como as desrespeito? Segundo ela, assim: fazendo uma postagem em que mostro que feministas criam falsas controvérsias por causa da veneração a Santa Maria Goretti, dizendo que isto é sinal de que a Igreja apóia a violência contra as mulheres.

Ou seja, eu escrevo uma postagem em que defendo a posição da Igreja, de que esta não é -- como jamais foi -- a favor de violência contra as mulheres e a senhora diz que sou desrespeitoso em relação às mulheres. É ou não para rir?

Dizem que uma das definições de loucura é exatamente uma pessoa fazer a mesma coisa repetidas vezes esperando resultados diferentes. Bem... Estarei esperando a senhora escrever as mesmas asneiras para que eu repita novamente o óbvio. E depois novamente. E novamente... E novamente...

Talvez ela pense que quem respeita as mulheres são as feministas, que à falta da luta pelo direito ao voto ou de alguns sutiens para queimar (é ironia, hein!), agora têm como única bandeira o aborto. Isto que é respeito pelas mulheres, não é mesmo? E o respeito pelos não nascidos? Estes não contam? Ou será que eles têm menos valor que, digamos, o direito de uma graduanda terminar seu período letivo?

Mas uma das coisas boas é que ela aprendeu uma palavra nova. Faltou apenas aprender o significado de misoginia, pois se tivesse aprendido não escreveria a asneira que escreveu.
Esse tipo de homem que defende a "martirização" das mulheres é tão diferente dos islamicos que vivem para morrer como mártires?
Só que aqueles, dão a SUA vida por sua fé e esse quer que as mulheres morram ...
O melhor ela guarda para o final! É aqui que sua patológica incapacidade de compreensão do pensamento alheio mais se mostra aguçada!

Ganha outro doce quem conseguir provar que eu defendi "martirização" de mulheres em meu texto. Isto é coisa que só uma mente afeita às ficções em que vive poderia concluir.

Defendi -- e defendo! --, mesmo sob o ódio babento de quantos forem, que o martírio de Santa Maria Goretti, que fez mais pela valorização da mulher que qualquer feminista de meia-pataca, não seja manchado com artificiais controvérsias criadas com a única intenção de atacar a Igreja.

E o que faz a Senhora Boring, que em mensagens anteriores também não solicitadas anunciava-se como "católica praticante"? Não só não defende a veneração e a importância de Santa Maria Goretti, como ainda diz para sua patota que eu quero que as mulheres morram.

Quem lê estes absurdos entende bem porque esta senhora tornou-se uma das maiores chacotas da internet, principalmente entre os blogueiros católicos.

***

Esta postagem nem pode ser chamada de uma resposta; trata-se mais de uma exposição de absurdos produzidos por uma mente doentia, uma mente que gasta seu tempo não para esclarecer, não para lutar pela verdade e tampouco para evangelizar ou fazer um sadio apostolado, preferindo muito mais tecer intrigas, criar confusões, distorcer o pensamento alheio, anunciar mentiras, etc.

Mas o mais curioso é que, ao incomodar-se com o que escrevi, é de se esperar que a Senhora Boring, caso tenha mesmo um mínimo de coerência -- seria pedir muito? --, concorde totalmente com a tal controvérsia artificialmente criada por algum grupo feminista interessado apenas em atingir a Igreja. E concordando com a controvérsia, a Senhora Boring cai nos braços da declaração malufiana: "Estupra, mas não mata".

Ou seja, ao final, o que se tem é que a Senhora Boring é malufista.

Subitamente, tudo faz sentido.



sexta-feira, julho 10, 2009

Quando o assunto é estupro, feministas são malufistas

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No dia 6 de julho, a Igreja homenageia Santa Maria Goretti.

Para um internauta que procure saber mais sobre esta grande santa através de uma pesquisa na Wikipedia (na versão em Inglês), após uma descrição objetiva sobre a curta vida e martírio, terá a surpresa de ler tal informação sob o título "Controvérsia":

"Some members of the feminist movement have criticized the veneration of Maria Goretti and other "martyrs of chastity", on the grounds that the Church reinforces misogyny, sexism, and physical/psychological violence against women by supporting the "better dead than raped" adage. According to some feminists, this phenomenon as a whole shows how rape is both "eroticized and normalized in patriarchy." "

["Alguns membros do movimento feminista têm criticado a veneração de Maria Goretti e outras "mártires da castidade", alegando que a Igreja apóia a misoginia, o sexismo e violência física e psicológica contra a mulher através do lema "melhor morta do que estuprada". De acordo com algumas feministas, este fenômeno demonstra como o estupro é "erotizado e banalizado no patriarcado"."]
Claramente, a tal "controvérsia" só existe mesmo na mente distorcida de feministas... Talvez os fumos da queima de sutiens cause extermínio em massa de neurônios e elas ainda não tenham se dado conta disto.

Alegar que a canonização de uma menina que morreu enquanto se defendia de um agressor, e que suportou tal provação tentando conscientizar o agressor de que sua ação era pecado mortal, seja de alguma forma apoio a esta violência extrema contra uma mulher é coisa mesmo de quem quer apenas confundir a cabeça dos desavisados.

Se a Igreja quisesse mesmo qualquer tipo de violência contra a mulher ou até mesmo ter atitudes sexistas, não seria mais fácil canonizar logo o estuprador? Mas não... Para o movimento feminista, canoniza-se a vítima porque, na verdade, apóia-se a violência que contra ela foi cometida. Santa Maria Goretti está na honra dos altares não porque mostrou virtudes heróicas frente à violência que sofreu, mas porque a Igreja apóia o ato vil de seu agressor?

Deus do Céu! O que estas pessoas andam cheirando?

Bem... O catolicismo não perde nada com este papelão, mais uma vez, do movimento feminista. Quem perde são elas mesmas, que por um absurdo fetiche em atacar a Igreja são capazes até de fazerem todo tipo de alegação, por mais absurdas que sejam.

Seria algo como dar medalha para um herói de guerra não por seu heroísmo, mas porque quem se quer homenagear é o exército inimigo. Coisa que só faz sentido para quem acha que pode conciliar catolicismo com abortismo, como as tristemente famosas -- e incoerentes -- Católicas pelo Direito de Decidir.

Aparentemente, para as feministas, quando se fala de estupro, seu lema é, a la Maluf, "estupra mas não mata".

segunda-feira, julho 06, 2009

A "possibilidade única" da interina e as omissões do Presidente

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Em uma recente entrevista ao jornal Correio Braziliense, a Procuradora-Geral interina, Dra. Deborah Duprat, logo no início assim respondeu uma pergunta da repórter:

Correio Braziliense - Dra. Deborah, como que a senhora avalia sua curta mas marcante passagem por este cargo? Já temos duas ações que a senhora propôs em pouco tempo e a senhora disse que tem mais pela frente.

Dra. Deborah - É verdade...

C.B. - Qual é a sua intenção de estar agindo desta forma? A senhora está aproveitando o momento de estar ocupando um cargo tão importante?

Dra. Deborah - É... A razão principal é exatamente esta: aproveitar uma possibilidade única de propor ações que eu acredito possam trazer mudanças na estrutura desta sociedade. Contribuir de alguma forma para termos uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
As duas ações às quais a repórter refere são a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ajuizada pela procuradora-geral interina junto ao STF que busca a legalização de uniões homossexuais (mais detalhes aqui) e a outra é na verdade um parecer que já estava há meses na Procuradoria Geral para ser produzido. Este parecer é sobre o importante julgamento da ADPF 54, que trata da legalização de aborto de crianças anencéfalas.

Sobre este parecer, Jorge Ferraz, do blog "Deus lo Vult!", dá mais detalhes sobre o assunto, fazendo uma objetiva análise sobre os principais pontos do parecer produzido pela interina.

Ou seja, a interina Dra. Duprat, segundo suas próprias palavras, está aproveitando a oportunidade que lhe caiu no colo para colocar em dia sua agenda que busca "trazer mudanças na estrutura desta sociedade". Iluminista como ela só, como só os obscurantistas conseguem ser, diz ela que quer é contribuir para uma sociedade "justa, fraterna e igualitária". Pena que neste iluminocentrismo da Dra. Duprat não haja luz suficiente para que ela enxergue crianças que sofrem de uma grave deficiência -- a anencefalia -- como seres humanos.

Dra. Duprat tem agenda, claro está; mas o que mais impressiona é que ela tenha tido a oportunidade ("possibilidade única") de levá-la à frente como interina. Afinal de contas, convenhamos, interina é apenas interina, não é mesmo? Ainda mais com o STF em recesso, causa surpresa a eficiência germânica da Dra. Duprat.

Qual será o ingrediente que leva a Dra. Duprat a tirar ações quentinhas -- e polêmicas -- do forno dia-sim-dia-não? Com certeza é porque ela tem um rumo a seguir, tem uma agenda que visa transformar a sociedade, não é mesmo? Oportunista como ela só, Dra. Duprat aproveitou a "possibilidade única" de se tornar interina e não brincou em serviço um minuto sequer: alavancou a agenda de "direitos" homossexuais e deu parecer favorável ao aborto de crianças anencéfalas. E isto é apenas o começo, segundo o que ela contou à repórter.

Uma coisa curiosa é que tal situação é inédita no Brasil pós Constituição de 1988. "Nunca antes neste país" houve um "vácuo" quando da troca de Procuradores-Gerais da República. Isto é mais uma invencionice do governo Lula, este flagelo que assola o nosso país. Se é para fazer pouco das instituições nacionais, podemos sempre contar com o atual governo.

Desde a Constituição de 1988, tivemos 4 Procuradores Gerais da República: Aristides Junqueira, Geraldo Brindeiro, Claudio Fonteles e o último, Antonio Fernando de Souza. Em comum, todos foram indicados pelo Presidente da República em exercício, como manda nossa Constituição.

Pergunta: qual foi o presidente que indicou Dra. Deborah Duprat para o cargo? Resposta: nenhum.

Um Procurador Geral da República passa por uma sabatina na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça do Senado e seu nome tem que ser também aprovado no plenário do Senado...

Pergunta: quando foi que a Dra. Duprat foi sabatinada pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça do Senado Brasileiro? Resposta: nunca. Pergunta: seu nome foi aprovado pelo plenário do Senado? Resposta: não.

E é esta senhora que, aproveitando-se de uma "possibilidade única", segue tirando da cartola ações sobre temas polêmicos porque quer, segundo ela, mudar estruturalmente nossa sociedade?

Se ela não foi indicada pelo presidente, se o Senado não a sabatinou e tampouco aprovou seu nome, se ela sequer recebeu votos de seus pares para possivelmente ser escolhida Procuradora Geral, questiona-se se, mesmo amparada pela lei, seja ético a Sub-Procuradora aproveitar-se de tal forma da interinidade no cargo que ocupa atualmente.

Indiretamente, através da indicação por parte do presidente e pela aprovação no Senado, é o próprio povo que dá o cargo ao Procurador Geral da República. Alguém consegue explicar como foi que Dra. Duprat conseguiu se tornar uma representante do povo, se nem o presidente a indicou e nem o Senado aprovou seu nome? E ela, se fosse mesmo representante do povo, talvez devesse ir às ruas e descobrir o que os brasileiros acham de casamento homossexual e de aborto.

Dá para entender bem porque ela é uma interina.

Mas tão curioso quanto o surto de eficiência jurídica da doutora ao aproveitar a tal "possibilidade única" é a omissão de tanta gente em dar a devida atenção a este assunto.

Causa espanto que o Presidente Lula e Dr. Antonio Fernando de Souza não tenham conseguido se reunir para tratar da escolha de quem seria o novo Procurador Geral da República. Será que o presidente não conseguiria encontrar um breve momento em suas peregrinações eleitoreiras ou, quem sabe?, parar por 1 horinha que fosse de tentar reunir sua tropa petista para defender o presidente do Senado José Sarney, apenas para conversar com Dr. Antonio Fernando e resolver logo o assunto? Assim tivesse acontecido, teríamos sido poupados de ter uma interina achando que uma "possibilidade única" é senha para fazer o que lhe der na telha.

Causa surpresa que a OAB nacional e também suas unidades estaduais não se incomodem e nem se manifestem contra isto. Causa surpresa que a imprensa nem ligue também, preferindo muito mais tecer louvores à "coragem" da interina. E causa surpresa também que não haja uma associação de advogados que emita uma declaração que seja demonstrando espanto pela Procuradoria Geral da República estar sendo usada para alavancar uma agenda que só faz sentido na cabeça da interina Dra. Duprat.

Enfim, em todo este caso há muitas coisas que carecem de explicação. As principais dizem respeito a duas omissões. Em primeiro lugar, a mais do que conveniente omissão do Presidente Lula em indicar um novo Procurador Geral da República a tempo para que não houvesse espaço para uma interina assumir cargo tão importante. Tal omissão, inédita no Brasil pós Constituição de 1988, é tão estranha, que podemos imaginar que não seja irreal que haja algo mais em tal movimento.

E em segundo lugar, a omissão da imprensa em apurar o absurdo que todo este caso demonstra, o que só deixa a impressão de que nossas instituições permanecem diariamente alvos de gente que apenas espera uma "possibilidade única" para agir e impor sua visão de mundo. Nossa imprensa, que poderia muito contribuir para a fiscalização de nossas instituições, parece que prefere mesmo é ficar olhando a banda passar... Ou a interina...

sexta-feira, julho 03, 2009

Isto que é Interina!

2 comentários ###

No último dia 28, acabou o mandato do Procurador Geral da República, Dr. Antonio Fernando de Souza.

Infelizmente, até o último momento, Dr. Fernando manteve engavetada a
Representação que lhe foi encaminhada por alguns parlamentares solicitando esclarecimentos sobre as atitudes e também o afastamento do Ministro Marco Aurélio de Mello, do STF, do julgamento da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental no. 54 (ADPF 54), que trata do abortamento de anencéfalos.

Para o lugar de Dr. Fernando, foi escolhido Dr. Roberto Gurgel, que era Vice-Procurador-Geral.
Até aí, tudo bem. Tudo bem, também, que a subprocuradora Deborah Duprat assuma interinamento o cargo, coisa que é mais do que esperada em uma fase de transição.

O que causa surpresa mesmo é que a Dra. Deborah Duprat, interinamente no cargo, resolva dar entrada junto ao STF de uma
Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) na qual é pedido o reconhecimento de uniões homossexuais.

É de praxe que interinos mantenham as coisas funcionando enquanto os titulares não estão disponíveis para o cargo. Mais ainda se for em um momento de transição como o que está acontecendo com a Procuradoria Federal.
Mas a Dra. Duprat não quer saber de nada disto! Celeridade e eficiência é com ela mesma!

Após apenas 3 dias no cargo, a interina produziu uma ADPF de 48 páginas. E olhe que não são 48 páginas largadas no papel... Há, na ADPF, um total de 71 notas de rodapé, mostrando como é bem fundamentada a ação da Procuradora-Geral interina. Isto tudo sem contar os 15 anexos com pareceres de especialistas e de outras decisões judiciais.


Haja trabalho para 3 dias! Haja eficiência! É de se perguntar por que não foi ela a escolhida para o cargo? Se em 3 dias a Dra. Duprat mostra uma eficiência sobrenatural para produzir uma ação sobre tema polêmico, ação esta recheada de notas de rodapé e anexos, demonstrando a farta pesquisa, o que não poderíamos esperar da Dra. Duprat como titular do cargo, não é mesmo?


Só é difícil entendermos porque ela, no meio de seu transe produtivo, também não fez o favor de retirar da gaveta a Representação contra o Ministro Marco Aurélio de Mello. Bem, bem... Talvez ela saiba perfeitamente a qual público agradar, não é mesmo?


Mas o fato é que podemos ter uma idéia do porquê de Dra. Duprat ser apenas uma interina, mesmo que seja uma interina do balacobaco como ela está demonstrando ser. Para isto, basta que entendamos
o que seja uma ADPF e como ela é devidamente utilizada.

A ADPF é uma ação que surgiu na ordem constitucional brasileira com a CF de 1988. Ela só pode ser utilizada em casos que não seja possível utilizar outra ação, como explica a própria Dra Duprat:

"O art. 4º, § 1º, da Lei 9.882/99 instituiu o chamado “princípio da subsidiariedade” da ADPF. (...) parece fora de dúvida que o juízo sobre o atendimento do princípio em questão deve ter em vista a existência e eficácia, ou não, de outros processos objetivos de fiscalização de constitucionalidade – ação direta de inconstitucionalidade, ação declaratória de constitucionalidade ou ação direta de inconstitucionalidade por omissão – que possam ser empregados na hipótese." E continua " No caso, este requisito está plenamente satisfeito. Com efeito, a ação direta de inconstitucionalidade não poderia ser manejada, pois não se objetiva impugnar a constitucionalidade total ou parcial de qualquer preceito legal."
Ora, é claro que se quer declarar a inconstitucionalidade da lei que diz que a união estável no Brasil somente é reconhecida entre homem e mulher. A própria PGR em exercício, cita isto, poucas páginas antes, em sua ação: "Pelo contrário, o Código Civil, ao disciplinar a união estável, circunscreveu-a às relações existentes entre homem e mulher, mantendo, neste particular, a orientação legislativa anterior, estampada nas Leis 8.971/94 e 9.278/96."

Se a interina quer declarar a inconstitucionalidade do Código Civil, por que não usou a ação própria (a ADI, visto que a ADPF só se pode usar subsidiariamente)? Ocorre que se assim o fizesse a incoerência da ação restaria cristalina. Pois o Código Cívil ao declarar que a união estável está circunscrita às relações entre homem e mulher nada mais faz do que repetir o preceito constitucional (que a Procuradora pretende esconder) estampado no parágrafo terceiro do Art. 226:
"§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento."
Como vai se declarar inconstitucional artigo de lei que se limita a copiar texto da própria constituição?

Ah... Mas que nada! A interina Dra. Duprat compensa a confusão jurídica de sua ação com a disposição para o trabalho. Assumindo o cargo no dia 29/06, Dra. Duprat não deve ter dormido no serviço -- literalmente --, pois já no dia 02/07 ela estava entregando o volume de 322 páginas, entre o texto da ação e anexos, ao STF. Ou seja, ela precisou de apenas 3 dias (29 e 30/06, 01/07) para escrever as 48 páginas da ação, recheadas de notas, além de pesquisar e revisar os pareceres e decisões judiciais constantes nas outras 274 páginas.

Eu gosto de me achar um otimista... E é por isto que acredito piamente -- é matéria de fé mesmo! -- que a Dra. Duprat foi mesmo capaz de produzir tal ação em tão pouco tempo. É de gente como a Dra. Duprat que precisamos neste país! Precisamos de tal nível de eficiência no meio jurídico.

Ou isto ou achamos que Dra. Duprat estava com a ação já totalmente preparada na gaveta, apenas esperando o momento da saída de Dr. Antonio Fernando para, assim que assumisse interinamente o cargo, ajuizá-la no STF.

Ah, mas isto seria muito oportunismo... Não consigo sequer imaginar tal coisa acontecendo no Brasil.