Se o governador do RJ, Sérgio Cabral Filho, resolver candidatar-se nas próximas eleições, provavelmente ele pode contar com o voto de Gilberto Dimenstein. Mas se não der nas próximas, tudo bem... Dimenstein pelo jeito é bastante fiel às suas (péssimas) escolhas.
Quando no começo deste ano seu governador predileto começou a tentar alavancar a discussão sobre o aborto, Dimenstein não teve dúvidas e nem pudores: chamou o político de "corajoso" por tentar trazer à tona tal assunto (clique aqui para ler entrada sobre o assunto). Corajoso por quê? Por defender um dos atos mais covardes que um ser humano pode cometer? Os meses passaram, mas a admiração do jornalista pelo político parece que só aumentou. Faz sentido... Ambos se completam.
No recente e lamentável episódio envolvendo Sérgio Cabral Filho (clique aqui e aqui), Dimenstein mais uma vez veio em socorro ao patrãozinho (clique aqui).
O título pomposo -- "Aborto, crime e castigo" --, dá a falsa impressão de uma profundidade que Dimenstein jamais alcança. Nem neste e nem em textos anteriores sobre o assunto. Mas além da falsa impressão, o título é falso mesmo, pois o texto trata apenas de "aborto" -- o "crime e castigo" está lá apenas por ser bonitinho e fazer referência a um clássico da literatura russa.
O jornalista começa por clamar que suas opiniões não são aquelas de alguém que conhece o problema de longe, ele entrevistou sabe-se lá quantas crianças e adolescentes desde meados dos anos 80. Segundo ele, este seu contato direto com a realidade, fez com que ele aprendesse que:
"(...) não existe relação direta entre violência e pobreza (isso sim um preconceito), mas com a desestrutura familiar combinada com a ineficiência policial e a falta de perspectivas aos jovens nas comunidades mais pobres. Essa combinação move a produção da "fábrica de marginais." O governador Sérgio Cabral Filho disse, em essência, o que deveria ser dito: há uma relação entre violência e planejamento familiar."
O texto de Dimenstein mais uma vez se presta ao louvor de sua patota... E desta vez o desejo de agradar a sua turma é tão grande que ele até mesmo quer "dourar a pílula" sobre o que disse Sérgio Cabral Filho. O governador disse exatamente o seguinte:
"A questão da interrupção da gravidez tem tudo a ver com a violência pública."
Cabral Filho fala "em essência" coisa nenhuma! Ele quer dar vazão a um pensamento que quer ver uma conexão direta entre aborto e violência, coisa, segundo suas próprias palavras, aprendida em um best-seller. O fato é que não adianta Dimenstein querer ver um suposto mérito inexistente nas palavras de Sérgio Cabral Filho. Deixe o governador se defender, Dimenstein, ele já é bem grandinho para fazê-lo sozinho. O jornalista quer apenas pegar a onda levantada pelo governador, mas, como a onda não vai bem na direção que ele deseja, ele dá um jeitinho de acertar o rumo.
É seguindo o rumo por ele desejado que Dimenstein escreve o seguinte:
"A família torna-se o primeiro e mais devastador foco de rejeição e de ressentimento, prosseguindo na escola pública que não ensina, no posto de saúde que não cura, na polícia que não cuida da segurança, nos espaços de lazer que não existem e no mercado de trabalho que não oferece empregos para pessoas com baixa escolaridade."
Pois é... Dimenstein demonstra que conhece as causas, mas, curiosamente, ele não fala nada sobre cada um dos problemas que elencou. Ele não cobra melhores escolas, ele não cobra mais empregos, ele não cobra uma polícia melhor preparada. Nada disto! O problema para ele é:
"(...) uma mulher pobre com muitos filhos pode ser um fator de risco. Isso não é preconceito. É uma obviedade."
É impressionante como o discurso abortista é entediantemente repetitivo. Quando alguém da turma de Dimenstein começa a falar sobre aborto, podemos estar certos que ele acabará por trazer à tona o já batido "mulher pobre/inúmeros filhos". E por que fazem isto? Porque para eles o aborto é apenas uma questão de números, de quantidade. Para eles, o importante não é o fato de que uma vida é ceifada, o importante é que o orçamento público não seja onerado; o importante não é que sejam dadas melhores condições aos pais para criarem seus filhos, o importante é que estes filhos nem cheguem a nascer; imporntante não é que sejam dadas aos mais humildes melhores condições de vida, o importante é que ele não se reproduzam.
Dimenstein, espertamente, evita abordar a verdadeira questão sobre o aborto, aquela que mais espinhos traz aos que o querem ver liberado: o que é o fruto da concepção? Sem abordar esta questão, todo um discurso melosamente construído para servir a uma suposta preocupação social de nada adianta. Mas Dimenstein e sua turma evitam a questão, pois eles sabem que desta forma teriam que justificar o término cruel de uma vida humana, de um ser inocente. É bem mais fácil se colocar no papel de arauto do bem estar da sociedade...
Quando no começo deste ano seu governador predileto começou a tentar alavancar a discussão sobre o aborto, Dimenstein não teve dúvidas e nem pudores: chamou o político de "corajoso" por tentar trazer à tona tal assunto (clique aqui para ler entrada sobre o assunto). Corajoso por quê? Por defender um dos atos mais covardes que um ser humano pode cometer? Os meses passaram, mas a admiração do jornalista pelo político parece que só aumentou. Faz sentido... Ambos se completam.
No recente e lamentável episódio envolvendo Sérgio Cabral Filho (clique aqui e aqui), Dimenstein mais uma vez veio em socorro ao patrãozinho (clique aqui).
O título pomposo -- "Aborto, crime e castigo" --, dá a falsa impressão de uma profundidade que Dimenstein jamais alcança. Nem neste e nem em textos anteriores sobre o assunto. Mas além da falsa impressão, o título é falso mesmo, pois o texto trata apenas de "aborto" -- o "crime e castigo" está lá apenas por ser bonitinho e fazer referência a um clássico da literatura russa.
O jornalista começa por clamar que suas opiniões não são aquelas de alguém que conhece o problema de longe, ele entrevistou sabe-se lá quantas crianças e adolescentes desde meados dos anos 80. Segundo ele, este seu contato direto com a realidade, fez com que ele aprendesse que:
"(...) não existe relação direta entre violência e pobreza (isso sim um preconceito), mas com a desestrutura familiar combinada com a ineficiência policial e a falta de perspectivas aos jovens nas comunidades mais pobres. Essa combinação move a produção da "fábrica de marginais." O governador Sérgio Cabral Filho disse, em essência, o que deveria ser dito: há uma relação entre violência e planejamento familiar."
O texto de Dimenstein mais uma vez se presta ao louvor de sua patota... E desta vez o desejo de agradar a sua turma é tão grande que ele até mesmo quer "dourar a pílula" sobre o que disse Sérgio Cabral Filho. O governador disse exatamente o seguinte:
"A questão da interrupção da gravidez tem tudo a ver com a violência pública."
Cabral Filho fala "em essência" coisa nenhuma! Ele quer dar vazão a um pensamento que quer ver uma conexão direta entre aborto e violência, coisa, segundo suas próprias palavras, aprendida em um best-seller. O fato é que não adianta Dimenstein querer ver um suposto mérito inexistente nas palavras de Sérgio Cabral Filho. Deixe o governador se defender, Dimenstein, ele já é bem grandinho para fazê-lo sozinho. O jornalista quer apenas pegar a onda levantada pelo governador, mas, como a onda não vai bem na direção que ele deseja, ele dá um jeitinho de acertar o rumo.
É seguindo o rumo por ele desejado que Dimenstein escreve o seguinte:
"A família torna-se o primeiro e mais devastador foco de rejeição e de ressentimento, prosseguindo na escola pública que não ensina, no posto de saúde que não cura, na polícia que não cuida da segurança, nos espaços de lazer que não existem e no mercado de trabalho que não oferece empregos para pessoas com baixa escolaridade."
Pois é... Dimenstein demonstra que conhece as causas, mas, curiosamente, ele não fala nada sobre cada um dos problemas que elencou. Ele não cobra melhores escolas, ele não cobra mais empregos, ele não cobra uma polícia melhor preparada. Nada disto! O problema para ele é:
"(...) uma mulher pobre com muitos filhos pode ser um fator de risco. Isso não é preconceito. É uma obviedade."
É impressionante como o discurso abortista é entediantemente repetitivo. Quando alguém da turma de Dimenstein começa a falar sobre aborto, podemos estar certos que ele acabará por trazer à tona o já batido "mulher pobre/inúmeros filhos". E por que fazem isto? Porque para eles o aborto é apenas uma questão de números, de quantidade. Para eles, o importante não é o fato de que uma vida é ceifada, o importante é que o orçamento público não seja onerado; o importante não é que sejam dadas melhores condições aos pais para criarem seus filhos, o importante é que estes filhos nem cheguem a nascer; imporntante não é que sejam dadas aos mais humildes melhores condições de vida, o importante é que ele não se reproduzam.
Dimenstein, espertamente, evita abordar a verdadeira questão sobre o aborto, aquela que mais espinhos traz aos que o querem ver liberado: o que é o fruto da concepção? Sem abordar esta questão, todo um discurso melosamente construído para servir a uma suposta preocupação social de nada adianta. Mas Dimenstein e sua turma evitam a questão, pois eles sabem que desta forma teriam que justificar o término cruel de uma vida humana, de um ser inocente. É bem mais fácil se colocar no papel de arauto do bem estar da sociedade...