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sábado, julho 24, 2010

PMM-BH se pronuncia. E novamente faz besteira...


Pressionada, a Pastoral da Mulher Marginalizada Arquidiocese de Belo Horizonte (PMM-BH) retirou a postagem em seu blog que reverberava a opinião emitida pela Secretaria de Política para as Mulheres, órgão do Governo Federal envolvido na luta pela liberação do aborto no Brasil.

Claro está que divulgar uma peça deste teor equivale a concordar com o que vai ali escrito. A PMM-BH começa sua "explicação" do ocorrido com as seguintes palavras:
"A respeito da repercussão sobre o texto que aborda o Projeto de Lei que dispõe sobre a proteção do nascituro e retira o direito da mulher, hoje garantido por lei, de abortar em caso de estupro (...)
Não há o tal "direito" da mulher de abortar um bebê que foi concebido em um estupro. Isto, basicamente, é retórica de militância pró-aborto. O que existe na legislação atual, e que é completamente errada sob o ponto de vista moral, é que não há punição em abortos feitos por médicos em casos desta natureza. Tirar daí que existe um "direito" de matar uma criança gerada por estupro quando ainda está no ventre de sua mãe não tem qualquer fundamento no ensinamento católico e era de se esperar que uma Pastoral Católica -- é isto, certo? -- soubesse deste "pequeno" detalhe.

Em seguida a esta introdução desastrosa, a PMM-BH chega ao ponto de divulgar o link para o texto no qual a postagem retirada ajudava a divulgar. Esperteza pouca é bobagem, não é mesmo?

Tomando a todos como idiotas, a PMM-BH retira do ar o texto e deixa em seu lugar um link para continuar divulgando o mesmíssimo texto. Que coisa edificante é ver uma Pastoral Católica -- é católica mesmo? -- tripudiando daqueles que estranharam que uma entidade católica gaste tempo e esforços para divulgar mensagens da militância pró-aborto.

Querendo sair bem do imbróglio, a PMM-BH tenta justificar sua postagem anterior escrevendo que o acontecido era apenas uma informação e foi devido à sua disposição para o debate.

Para responder a mais esta esperteza da PMM-BH, primeiramente devemos dizer que é desnecessário que a militância pró-aborto tenha mais ajuda para levar sua mensagem à população, pois a grande mídia faz isto muito bem. E é absurdo que uma Pastoral Católica -- é disto mesmo que estamos falando? -- ache que tenha que fazer parte desta turma.

Em segundo lugar, já que a PMM-BH quer contribuir para o debate, talvez ela pudesse indicar quando foi que em seu blog houve divulgação de um evento Pró-Vida. Se a PMM-BH quisesse mesmo contribuir para o tal debate, seria natural que ela desse atenção aos dois lados da questão. Como não dá, é natural que se pense que ela tem sim um posicionamento já definido por um dos lados do debate, e este lado é justamente o que vai contra os ensinamentos católicos.

Em terceiro e último lugar, a PMM-BH acha mesmo que o aborto, seja por qual motivo for, é alvo de debate na Igreja? Se acha isto, talvez a PMM-BH devesse dar aulas a nossos bispos, que em 2006, durante a Semana Nacional da Vida, divulgaram a seguinte mensagem:

"(...) De modo especial salientamos o valor sagrado da Vida Humana, sem nos esquecermos de todas as demais dimensões que esta abrange. Diante de tantos ataques que a Vida vem sofrendo em nossos dias é nossa missão reafirmar sua importância inalienável e inegociável. Ela é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores. Desejamos que todos se empenhem nestes dias nesse sentido."

"Inalienável e inegociável"! Será preciso dizer mais? Será mesmo que alguém, ao ler tais palavras de nossos bispos, que seguem exatamente palavras já emitidas pelo Papa Bento XVI, pode dizer que há abertura para debate em relação à proteção da vida humana?

Por fim, a PMM-BH diz que as pessoas que teceram comentários "abusivos e ofensivos" em relação à entidade poderiam ter dialogado e apresentado críticas construtivas.

Pois bem, parece que a PMM-BH prefere coar um mosquito e engolir um camelo, pois lança uma nota explicativa tentando justificar o injustificável e ainda diz que os críticos foram "abusivos e ofensivos".

"Abusivo e ofensivo" é imaginarmos que uma entidade católica mostre-se aberta ao debate sobre coisa que o Papa e os bispos em comunhão com ele já disseram que é um ponto inegociável. "Abusivo e ofensivo" é chamar de "direito" que uma mãe possa fazer o aborto de uma criança concebida em um estupro, pois não se elimina uma violência cometendo outra violência.

Eu chamo de "abusivo e ofensivo", beirando mesmo a tripudiação com a inteligência de gente séria, que a PMM-BH lance uma nota explicativa sobre a postagem que havia anteriormente indicando um link para que o mesmo texto possa ser lido em outra página. Qual a necessidade disto?

E se a PMM-BH quer mesmo uma crítica construtiva, poderia começar retirando de seu blog a divulgação que foi feita em 23/09/2009 de um evento da militância pró-aborto, exatamente como já mostrado aqui neste blog em postagem anterior.

Se a PMM-BH quiser mais críticas construtivas, que tal começar retirando de seu blog os links para páginas de conhecidas entidades pró-aborto, tais como a Marcha Mundial das Mulheres e IPAS-Brasil, entre outros. O curioso é que não há sequer um link para qualquer entidade Pró-Vida do Brasil ou de fora.

A PMM-BH termina sua nota assim:
"Estamos na batalha pela justiça social, em busca de um mundo mais humano, sem violência contra a mulher, sem exploração. Vamos unir forças, nos manifestar e denunciar as estruturas injustas e tudo que atenta contra a vida."
É bom então a PMM-BH saber que justiça social alguma será alcançada se a morte de bebês ainda no ventre de suas mães for chamada de "direito", pois o direito à vida é o primeiro de todos os direitos. E dentro do "tudo que atenta contra a vida", o primeiro atentado dos dias atuais é exatamente o que é feito contra a vida humana ainda frágil e inocente, a vida do nascituro.

É esta "estrutura injusta" que devemos denunciar em primeiro lugar, mas parece que tem gente que não quer compreender isto.

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