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sexta-feira, março 05, 2010

Mais uma penitência que a CNBB nos impõe...


Os senhores bispos do Brasil precisam urgentemente decidir o que fazer com a CNBB. Ou tomam as rédeas por lá ou correm o risco de ver a coisa feder cada vez mais.

Dias atrás fomos brindados com uma "Análise de Conjuntura" na qual só faltou estar impressa a estrela maldita do PT, o partido nacional do aborto. Dizer que o tal documento não é oficial da CNBB presta apenas para vermos como o mal caminha nas sombras e como a covardia virou o método preferido de quem tenta acabar com a Igreja por dentro.

Hoje, mais escândalo. Como informou o blog "Deus lo Vult!", de Jorge Ferraz, a CNBB agora se presta também a divulgar evento abortista. Será que se trata de uma página não oficial?

Mas o caso é que tal coisa não é nova... Tais escândalos vêm se arrastando há anos.

Ficando apenas no caso da CNBB divulgar evento da Marcha Mundial das Mulheres, é bom que se diga que esta parceria da CNBB e esta entidade acontece já há tempos.

Aqui neste blog já tive a oportunidade de abordar as ligações de uma das pastorais da CNBB (Pastoral para as Mulheres Marginalizadas) com esta entidade. Na postagem que foi dividida em 4 partes (parte 1, 2, 3 e final), uma destas partes foi dedicada exclusivamente à Marcha Mundial das Mulheres. Reproduzo-a aqui:

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3) MMM - Marcha Mundial das Mulheres

Este é um movimento que congrega várias entidades feministas e que tem uma pauta de "reivindicações" tão variadas e abstratas quanto "a eliminação da pobreza" e "levantamento de qualquer embargo por parte das grandes potências", ou ainda que "a ONU acabe com todas as formas de intervenção, agressão ou ocupação militar". São 17 ao todo, todas seguindo esta linha do politicamento correto e tendo um alvo claríssimo: os EUA.

Pois é... É um troço destes que dá apoio a uma Pastoral da Igreja.

Mas há mais. Muito mais.

Uma das publicações da MMM é o boletim "Boletim da Marcha". Neste, o tema da liberação do aborto é recorrente. Podemos ler trechos tais como:

"Um tema que tem surgido é a ação de parlamentares, ligados a igreja, que têm apresentado projetos de lei tentando proibir a distribuição do contraceptivo de emergência pelos órgãos públicos."

"Para a Marcha Mundial, a luta pelo direito ao aborto é permanente e fundamental para a construção da autonomia e autodeterminação das mulheres."


Nas fotos dos boletins não é incomum vermos mulheres portando faixas e cartazes pela liberação do aborto. Mas um dos trechos mais impressionantes é o que consta em um folheto disponível para download:


"Que com um mês de gravidez o embrião é mais ou menos do tamanho de uma lentilha e com três meses não passa do tamanho de uma azeitona? E que somente a partir do sexto mês de gravidez o feto sobrevive fora do corpo da mãe."


Eis aqui o pensamento abortista-feminista em seu mais completo descaramento, no qual é tentada uma justificação do aborto pela quantificação das células de um indivíduo. Esta coisificação do embrião e do feto é uma das tentativas mais recorrentes nos "argumentos" abortistas.

Às mulheres que mostram-se duvidosas do aborto, as feministas empurram-lhes afirmações como estas que pudemos ler, as quais deixam transparecer o descaso com a vida humana, que é tão grande quanto maior for a fragilidade do ser humano que será eliminado. Dizem lutar contra a opressão sobre as mulheres, mas, na verdade, o que elas querem mesmo é ser protagonistas de uma forma hedionda de dominação e eliminação de seres humanos indefesos, aos quais até mesmo sua humanidade lhes é negada. Tornam-se algozes covardes de seres humanos que nem mesmo voz têm para se defender.


Diga-se, apenas para dar uma informação correta, que um feto de 3 meses de gestação tem por volta de 7,5 cm, o que é bem maior do que uma azeitona. O corpo, ao final do 3o. mês de gestação já está completamente formado, sendo perfeitamente distinguidos os ouvidos, pernas, braços, dedos, os olhos já têm pálpebras e que ficam fechadas, o sexo já pode ser distinguido a partir dos genitais, etc.


Ou seja, as feministas da Marcha Mundial das Mulheres ao dizerem que um feto de 3 meses tem apenas o tamanho de uma azeitona, o que é completamente mentiroso, apenas dão pistas do desprezo que nutrem por tudo o que lhes impede de impor sua agenda da liberação do aborto.
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Mas a coisa não pára por aí, infelizmente...

Como nos trouxe o blog "O possível e o extraordinário", de Wagner Moura, em 2007 a Marcha Mundial das Mulheres estava presente no tristemente famoso "Grito dos Excluídos". E presente em peso, com cartazes pedindo a liberação do aborto.

Ou seja, a parceria da entidade abortista com a CNBB vem de longe.

Exagero chamar de parceria os vínculos da CNBB com a Marcha Mundial das Mulheres? Será mesmo?

Então a entidade está sempre dando as caras em eventos promovidos pela CNBB, a entidade tem cartazes de seus eventos divulgado pelo site da Conferência, a entidade é listada como apoiadora de uma pastoral da CNBB, etc. Que nome tem isto, então?

Volto a dizer e não estou sozinho quando digo isto: os senhores bispos necessitam urgentemente decidir o que é a CNBB, se um órgão de bispos católicos e que se comporta de acordo com a doutrina cristã ou uma instituição que se presta ao papel de fazer parcerias com entidades abortistas.

Está mais do que claro o que o Papa e os fiéis católicos precisam que a CNBB seja. Basta agora aos bispos decidirem.

E como estamos na Quaresma, vale o lembrete: omissão também é pecado.

Um comentário:

Eduardo Araújo disse...

Caríssimo William,

Na minha opinião não é exagerado cogitar uma parceria da CNBB com a tal Marcha Mundial das Mulheres.

Afinal, se fizermos um retrospecto da atuação da entidade no que tange ao aborto, a conclusão a que se chega é inquestionável: quando não fraquíssima, omissa e por vezes até favorável à causa abortista.

O que fez a CNBB, até agora, com respeito às tais "Católicas" pelo "Direito de Decidir"?, um estorvo de cretinice que usa, hipocritamente, o designativo de nossa religião com o fito de ensejar uma divisão entre os fiéis na questão do aborto?

Lembremos, aliás, de uma campanha da fraternidade de anos atrás, dita em defesa da vida, mas que permitiu o lançamento de um dvd com participação de abortista!

O que faz ou fez a CNBB face a essas notórias infiltrações anti-católicas, que apesar de viscerais contra a Doutrina da Igreja, prosperam no próprio seio da Igreja?

Como classificar a atitude da CNBB com os acontecimentos da há um ano em Alagoinha/PE, senão como frouxa, sem a contundência que deveria ter na defesa de um arcebispo CORRETO na defesa da Doutrina da Igreja e do Direito Canônico?

Onde estava a CNBB no tenebroso espetáculo de cinismo abortista que atingiu o Pe. Lodi, em um processo que se arrastou até o STF resultando na proibição do sacerdote católico chamar abortistas de ... abortistas?

E isso é o que vem à tona. Tremo de pensar no que pode estar ocorrendo em todo o corpo clerical da Igreja neste momento, em se tratando do tema do aborto. Sabe lá Deus o que andam ministrando em catequeses, pastorais, palestras, tudo proferido em nome da Igreja e, por extenso, em nome do Cristianismo.

Por isso, meu caro, embora reconheça a impossibilidade de provar efetivamente a referida parceria, não vejo exagero em ao menos considerá-la plausível.

Abraços