Começaram a chegar à minha caixa postal mensagens com notícias sobre um novo relatório do Guttmacher Institute no qual é mostrado que o número de abortos e gestações não desejadas sofreram quedas significativas causadas pela ampla utilização de métodos anticoncepcionais.
Para um leitor desavisado, pode até ser que esta conclusão pareça fazer sentido, afinal de contas a reportagem que divulgou o relatório vem com vários números que demonstram mesmo a queda do número de abortos. E, para um leitor mais desavisado ainda, a responsável pelo relatório, que segundo a reportagem é "uma organização de saúde sexual com sede nos Estados Unidos", parece dar credibilidade ao "estudo" e ter isenção ao tratar de assunto tão sério.
Só que as coisas não são bem assim... Comecemos pelos números e pelas conclusões do estudo, deixando a parte melhor, a isenção do Guttmacher Institute, para um pouco mais tarde.
O que impressiona nos números divulgados pelo Guttmacher Institute é a obviedade dos mesmos. Admitindo que os números do instituto são verdadeiros, é coisa ridiculamente óbvia dizer que o número de abortos cai à medida que a contracepção vai sendo universalizada. É evidente que o número de gravidezes cairá; é evidente que o número de nascimentos também cairá; e é evidente que o número de abortos cairá. Repito: isto aconteceria admitindo-se que os números do instituto são razoavelmente confiáveis.
Mas por que o instituto se daria ao trabalho de movimentar sua gigantesca máquina de relações públicas para divulgar uma obviedade? Ora, os abortistas têm, basicamente, dois produtos a vender: a contracepção e o aborto. A verdade é que a divulgação deste relatório neste momento vem muito a calhar, pois pesquisas recentes indicam que nos EUA, pela primeira vez desde a completa legalização do aborto, há mais gente contrária a esta cruel prática do que a favor.
Dado que o jogo está virando, aquele papinho de feminista radical de que "meu corpo me pertence", que tenta vender a idéia de que o nascituro é como que um apêndice de sua mãe, não cola mais. Há que se mostrar, então, que o aborto é agora não um método de controle populacional hediondo -- a China que o diga! --, mas sim uma coisa muito necessária quando os métodos contraceptivos falham.
A diretora do instituto, Sharon Camp, deu a seguinte declaração:
Uma gravidez é uma (feliz) conseqüência possível de cada relação sexual e é o ato sexual que é a escolha possível a todos. Ao escolher o ato sexual, os parceiros devem -- ou deveriam -- estar cientes de que seus atos têm conseqüências. E é por isto que é uma tremenda canalhice, coisa criminosa mesmo, que nossos adolescentes e jovens não sejam educados sobre as conseqüências de seus atos, mas sim sobre como evitar que seus atos tenham conseqüências.
Querer adiar o momento da "escolha" para depois do ato, quando já uma vida pode ter sido gerada é o começo de um processo cruel, no qual quem tem tudo a perder é a parte mais frágil: o nascituro. É o nascituro que será cruelmente sacrificado por causa da inconseqüência de seus pais
Na verdade, bobo é quem cai na armadilha de achar que realmente existe o tal "sexo seguro". Tal coisa não existe nem de longe, mas isto não impede ONGs, governos, profissionais de saúde e outros de enganarem milhões de pessoas por todo o mundo -- a maioria jovens -- de que basta um preservativo e tanto uma gravidez quanto doenças gravíssimas serão possibilidades afastadas.
Mas o que o relatório do Guttmacher Institute não revela, ao fazer um louvor asqueroso dos benefícios da contracepção é que as próprias mulheres são as que mais têm a perder com a universalização desta prática. Conforme cada vez mais evidências vão sendo descobertas, há fortíssimas ligações de que a prática do aborto e a utilização de métodos contraceptivos hormonais têm grande peso no aumento assustador do número de casos de câncer de mama. (Para maiores detalhes, checar aqui, aqui e aqui.)
É curioso como um instituto que deveria lidar com questões referentes à saúde da mulher ignora por completo tal assunto... Mas quem conhece um pouco que seja a história do Guttmacher Institute, sabe que isto não é à tôa. Mas isto fica para o final.
E quanto aos dados? Serão confiáveis os dados do instituto? O Dr. Bernard Nathanson, um dos fundadores da NARAL (National Abortion Rights Action League) e que converteu-se em líder pró-vida, assim conta sobre as táticas de desinformação constantes no meio abortista:
Conforme um artigo escrito aqui mesmo neste blog, o número da moda é de 1.400.000 abortos anuais. Como se chegou a este número? Ninguém sabe. Absolutamente ninguém sabe.
Quem deu uma passada de olhos no relatório do Guttmacher Institute, pode ver que a estimativa de abortos para a América do Sul em 2003 foi de 2.900.000. Sendo 1,4 milhão o número da moda na mídia brasileira, temos que o Brasil seria o responsável praticamente pela metade da estimativa do instituto. Sabendo que o Brasil possui praticamente metade da população na América do Sul, dá para desconfiarmos da tal "estimativa", pois ela está muito redonda: para quem tem metade da população, metade do número de abortos.
E como é esta estimativa? No artigo anteriormente citado, o número de abortos comumente citado na mídia varia entre 1.000.000 e 4.000.000 anuais. Só por aí dá para ter uma idéia da confiabilidade de tais estimativas. Quando lemos as palavras do Dr. Nathanson sobre os métodos abortistas de desinformação, vemos bem que tais números servem apenas de tática para a agenda abortista.
Alan Guttmacher Institute: isenção e credibilidade?
Chegou finalmente a hora de falar sobre o Guttmacher Institute.
Primeiramente, quem foi Alan Guttmacher? Ele foi um médico especializado Obstetrícia/Ginecologia. Até aqui tudo bem... O problema começa quando vemos que Dr. Guttmacher fez parte de um grupo de cientistas envolvidos com o estudo do Eugenismo, chegando a galgar a posição de vice-presidente na American Eugenics Society. A coisa só piora quando sabemos que Dr. Guttmacher foi nada mais nada menos que presidente da famosa Planned Parenthood Federation of America, que é a maior provedora de abortos nos EUA e que é chamada por muitos de a "maior multinacional abortista" do mundo.
O interessante é que o envolvimento do Dr. Gutmacher com o Eugenismo não consta na página de sua biografia constante no site do instituto. A palavra "Eugenismo" nem sequer aparece no texto. Nem pista. Nadinha. Por que será?
O Guttmacher Institute é simplesmente o braço dedicado a pesquisas da Planned Parenthood. Enquanto a Planned Parenthood é a ponta executora das práticas abortistas, o Guttmacher Institute é a ponta que municia a mídia e a academia com dados altamente confiáveis sobre o aborto e a contracepção. Em um ambiente assim, só idiotas acreditam que o Guttmacher Institute tem mesmo credibilidade e isenção para divulgar estudos repletos de "estimativas".
Ou seja, o release de imprensa que indicou que o instituto é "uma organização de saúde sexual com sede nos Estados Unidos" deliberadamente não contou nem metade da história. Dizer que o Guttmacher Institute é uma mera "organização de saúde sexual" é algo como dizer que Pelé foi um jogador de futebol: pode até ser verdade, mas não conta a história toda.
Duvido muito que a Folha de São Paulo e outros veículos de comunicação sejam dirigidos por idiotas. Não sendo assim, resta-nos apenas a possibilidade de que a grande mídia está fazendo a sua parte para ajudar o avanço do abortismo.
Alguém ainda tem dúvidas disto?
Para um leitor desavisado, pode até ser que esta conclusão pareça fazer sentido, afinal de contas a reportagem que divulgou o relatório vem com vários números que demonstram mesmo a queda do número de abortos. E, para um leitor mais desavisado ainda, a responsável pelo relatório, que segundo a reportagem é "uma organização de saúde sexual com sede nos Estados Unidos", parece dar credibilidade ao "estudo" e ter isenção ao tratar de assunto tão sério.
Só que as coisas não são bem assim... Comecemos pelos números e pelas conclusões do estudo, deixando a parte melhor, a isenção do Guttmacher Institute, para um pouco mais tarde.
O que impressiona nos números divulgados pelo Guttmacher Institute é a obviedade dos mesmos. Admitindo que os números do instituto são verdadeiros, é coisa ridiculamente óbvia dizer que o número de abortos cai à medida que a contracepção vai sendo universalizada. É evidente que o número de gravidezes cairá; é evidente que o número de nascimentos também cairá; e é evidente que o número de abortos cairá. Repito: isto aconteceria admitindo-se que os números do instituto são razoavelmente confiáveis.
Mas por que o instituto se daria ao trabalho de movimentar sua gigantesca máquina de relações públicas para divulgar uma obviedade? Ora, os abortistas têm, basicamente, dois produtos a vender: a contracepção e o aborto. A verdade é que a divulgação deste relatório neste momento vem muito a calhar, pois pesquisas recentes indicam que nos EUA, pela primeira vez desde a completa legalização do aborto, há mais gente contrária a esta cruel prática do que a favor.
Dado que o jogo está virando, aquele papinho de feminista radical de que "meu corpo me pertence", que tenta vender a idéia de que o nascituro é como que um apêndice de sua mãe, não cola mais. Há que se mostrar, então, que o aborto é agora não um método de controle populacional hediondo -- a China que o diga! --, mas sim uma coisa muito necessária quando os métodos contraceptivos falham.
A diretora do instituto, Sharon Camp, deu a seguinte declaração:
"Há cada vez mais provas de que dar às mulheres os meios para decidir por elas mesmas quando querem ficar grávidas e quantos filhos querem ter diminui de maneira importante os índices de gestações não desejadas e, portanto, reduz a necessidade de recorrer ao aborto"Este é o famoso e falacioso "direito de escolha" extendido à concepção. Na verdade, fora uma gravidez resultante de estupro, a mulher sempre exerce este seu direito quando escolhe fazer sexo. Por mais que muita gente bata o pé de raiva, por mais que milhares de ONGs subam favelas para dar cursos e mais cursos que ensinem a adolescentes como colocar preservativos em bananas e outras habilidades pitorescas, ainda assim ainda não foi inventado método contraceptivo artificial que seja 100%.
Uma gravidez é uma (feliz) conseqüência possível de cada relação sexual e é o ato sexual que é a escolha possível a todos. Ao escolher o ato sexual, os parceiros devem -- ou deveriam -- estar cientes de que seus atos têm conseqüências. E é por isto que é uma tremenda canalhice, coisa criminosa mesmo, que nossos adolescentes e jovens não sejam educados sobre as conseqüências de seus atos, mas sim sobre como evitar que seus atos tenham conseqüências.
Querer adiar o momento da "escolha" para depois do ato, quando já uma vida pode ter sido gerada é o começo de um processo cruel, no qual quem tem tudo a perder é a parte mais frágil: o nascituro. É o nascituro que será cruelmente sacrificado por causa da inconseqüência de seus pais
Na verdade, bobo é quem cai na armadilha de achar que realmente existe o tal "sexo seguro". Tal coisa não existe nem de longe, mas isto não impede ONGs, governos, profissionais de saúde e outros de enganarem milhões de pessoas por todo o mundo -- a maioria jovens -- de que basta um preservativo e tanto uma gravidez quanto doenças gravíssimas serão possibilidades afastadas.
Mas o que o relatório do Guttmacher Institute não revela, ao fazer um louvor asqueroso dos benefícios da contracepção é que as próprias mulheres são as que mais têm a perder com a universalização desta prática. Conforme cada vez mais evidências vão sendo descobertas, há fortíssimas ligações de que a prática do aborto e a utilização de métodos contraceptivos hormonais têm grande peso no aumento assustador do número de casos de câncer de mama. (Para maiores detalhes, checar aqui, aqui e aqui.)
É curioso como um instituto que deveria lidar com questões referentes à saúde da mulher ignora por completo tal assunto... Mas quem conhece um pouco que seja a história do Guttmacher Institute, sabe que isto não é à tôa. Mas isto fica para o final.
E quanto aos dados? Serão confiáveis os dados do instituto? O Dr. Bernard Nathanson, um dos fundadores da NARAL (National Abortion Rights Action League) e que converteu-se em líder pró-vida, assim conta sobre as táticas de desinformação constantes no meio abortista:
"É uma tática importante. Dizíamos, em 1968, que na América se praticavam um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que estes não ultrapassavam de cem mil, mas esse número não nos servia e multiplicamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram apenas duzentas, mas esse número era muito pequeno para a propaganda. Esta tática do engano e da grande mentira se se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade.Será que isto se aplica ainda hoje? Tomando como base o Brasil, um país, que se não é de primeiro mundo, também não é um Sudão ou uma Burkhina-Faso, é impressionante como a estimativa do número de abortos varia na casa de milhões. Isto não é Estatística, é puro chute, mas é um chute que é divulgado, que vira manchetes, acaba em revistas, em sites, e que é repetido à exaustão até que pareça verdade. Resumindo: é um chute que serve muito bem à causa abortista.
Nós nos lançamos para a conquista dos meios de comunicações sociais, dos grupos universitários, sobretudo das feministas. Eles escutavam tudo o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam pelos meios de comunicações sociais, base da propaganda"
Conforme um artigo escrito aqui mesmo neste blog, o número da moda é de 1.400.000 abortos anuais. Como se chegou a este número? Ninguém sabe. Absolutamente ninguém sabe.
Quem deu uma passada de olhos no relatório do Guttmacher Institute, pode ver que a estimativa de abortos para a América do Sul em 2003 foi de 2.900.000. Sendo 1,4 milhão o número da moda na mídia brasileira, temos que o Brasil seria o responsável praticamente pela metade da estimativa do instituto. Sabendo que o Brasil possui praticamente metade da população na América do Sul, dá para desconfiarmos da tal "estimativa", pois ela está muito redonda: para quem tem metade da população, metade do número de abortos.
E como é esta estimativa? No artigo anteriormente citado, o número de abortos comumente citado na mídia varia entre 1.000.000 e 4.000.000 anuais. Só por aí dá para ter uma idéia da confiabilidade de tais estimativas. Quando lemos as palavras do Dr. Nathanson sobre os métodos abortistas de desinformação, vemos bem que tais números servem apenas de tática para a agenda abortista.
Alan Guttmacher Institute: isenção e credibilidade?
Chegou finalmente a hora de falar sobre o Guttmacher Institute.
Primeiramente, quem foi Alan Guttmacher? Ele foi um médico especializado Obstetrícia/Ginecologia. Até aqui tudo bem... O problema começa quando vemos que Dr. Guttmacher fez parte de um grupo de cientistas envolvidos com o estudo do Eugenismo, chegando a galgar a posição de vice-presidente na American Eugenics Society. A coisa só piora quando sabemos que Dr. Guttmacher foi nada mais nada menos que presidente da famosa Planned Parenthood Federation of America, que é a maior provedora de abortos nos EUA e que é chamada por muitos de a "maior multinacional abortista" do mundo.
O interessante é que o envolvimento do Dr. Gutmacher com o Eugenismo não consta na página de sua biografia constante no site do instituto. A palavra "Eugenismo" nem sequer aparece no texto. Nem pista. Nadinha. Por que será?
O Guttmacher Institute é simplesmente o braço dedicado a pesquisas da Planned Parenthood. Enquanto a Planned Parenthood é a ponta executora das práticas abortistas, o Guttmacher Institute é a ponta que municia a mídia e a academia com dados altamente confiáveis sobre o aborto e a contracepção. Em um ambiente assim, só idiotas acreditam que o Guttmacher Institute tem mesmo credibilidade e isenção para divulgar estudos repletos de "estimativas".
Ou seja, o release de imprensa que indicou que o instituto é "uma organização de saúde sexual com sede nos Estados Unidos" deliberadamente não contou nem metade da história. Dizer que o Guttmacher Institute é uma mera "organização de saúde sexual" é algo como dizer que Pelé foi um jogador de futebol: pode até ser verdade, mas não conta a história toda.
Duvido muito que a Folha de São Paulo e outros veículos de comunicação sejam dirigidos por idiotas. Não sendo assim, resta-nos apenas a possibilidade de que a grande mídia está fazendo a sua parte para ajudar o avanço do abortismo.
Alguém ainda tem dúvidas disto?
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