/* Google Analytics */ /* Google Analytics */

quinta-feira, agosto 21, 2014

Aborto, o tema esquecido nas eleições

Ainda acontecem abortos no Brasil? A julgar pelas campanhas eleitorais, parece que o Brasil é praticamente o único país no mundo onde este crime hediondo não acontece. Os esquerdistas, que se dizem tão democráticos e dispostos ao debate, vêm conseguindo esconder o tema do aborto da campanha eleitoral, tudo, claro, com a conivência da grande mídia.

Esquerdistas em geral, e mais especificamente os petistas, sabem que o tema do aborto lhes é amplamente desfavorável, visto que a população brasileira é majoritariamente contrária à liberação deste crime contra a vida humana. 

Nas eleições passadas, o poste Dilma Rousseff sentiu um solavanco em sua campanha quando o tema aborto finalmente apareceu. Seu comando de campanha teve que elaborar uma carta de Dilma dirigida aos religiosos ("Mensagem da Dilma") para tentar acalmar os ânimos. "Acalmar os ânimos" no dialeto petista quer dizer mentir o quanto for necessário, pois em trechos da referida carta ela diz coisas como:
"Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto."
No dia seguinte à eleição de Dilma, o Diário Oficial da União publicou um adendo a um termo de cooperação entre o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz para estudos visando a despenalização do aborto (veja em "De boateiros e mentirosos"). Apenas 1 dia após a eleição de Dilma e o governo petista já abria novamente a porteira abortista!

Como o afã petista na busca pela total liberação do aborto no Brasil jamais é aplacada, Dilma Rousseff tomou posse e colocou no cargo de ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres a senhora Eleonor Menicucci, uma mulher que não apenas é militante pelo aborto, como admitiu ter realmente feito abortos na Colômbia, mesmo sendo esta uma prática criminosa naquele país. E Dilma, que se diz "pessoalmente contra o aborto", coloca uma mulher destas em uma pasta de política para as mulheres?

Mas como mentira de petistas nunca vem sozinha, eis um outro trecho da carta divulgada por Dilma:
"Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País."
Claríssimas palavras e, no entanto, totalmente mentirosas, como ficou claro quando covardemente apenas 3 dias após o encerramento da Jornada Mundial da Juventude e quando o Papa Francisco já se encontrava longe do Brasil, a presidente Dilma sancionou sem qualquer veto o que ficou conhecido como Lei Cavalo de Tróia (Lei 12845/2013), pois ficou claro a muitos do meio pró-vida -- infelizmente, não a todos -- que esta lei era apenas uma preparação para a liberação do aborto através de meios obscuros fora do escrutínio da opinião pública. Isto foi recentemente confirmado quando da iniciativa do Ministério da Saúde em publicar uma portaria que procurava liberar o aborto a pretexto de atender mulheres vítimas de violência sexual, utilizando como justificativa a Lei Cavalo de Tróia, exatamente como previsto por vários do movimento pró-vida. Felizmente, e talvez por estarmos em ano eleitoral, a iniciativa foi revista. Por enquanto.

Ou seja, as afirmações da candidata Dilma Rousseff que foram encaminhadas a religiosos -- já veremos quem eram os tais religiosos -- foram rematadas  e deslavadas mentiras, ditas apenas com o objetivo de ganhar uma eleição, como é tradicional entre a maioria dos políticos brasileiros, principalmente petistas e esquerdistas. 

Mas como para a sobrevivência de qualquer mentira é preciso que haja aqueles que queiram levá-la à frente, um grupo de religiosos e intelectuais resolveu divulgar carta de apoio à então candidata. Entre os religiosos, como não poderia deixar de ser, estava a fina flor do câncer da Igreja no Brasil, a Teologia de Libertação. Nada menos que 7 bispos católicos encabeçavam a lista dos que assinaram o documento, sem contar outros nomes tristemente conhecidos não pela sua fidelidade à Santa Igreja, mas por sua incansável disposição em buscar sua destruição, tais como o arroz-de-festa Frei Betto, a teóloga favorável ao aborto Ivone Gebara, e também políticos oportunistas no meio católico como Alessandro Molon.

É altamente recomendável a leitura do texto da carta divulgada pelos religiosos e intelectuais. Nela podemos ver até que ponto é capaz de ir a desfaçatez de quem quer enganar a população para atingir seus objetivos. Basta o primeiro trecho da mesma para que a mentira salte aos olhos de quem a lê:
"1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como "contrárias à moral".
A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: "se nos calarmos, até as pedras gritarão!" (Lc 19, 40)."
Ver bispos assinando uma carta destas, uma carta que chega ao cúmulo de utilizar trechos do Santo Evangelho e cujo teor é baseado na claríssima mentira de que Dilma Rousseff não seria favorável ao aborto, coisa afirmada pela própria muito antes do início da campanha eleitoral, dá bem uma idéia de a quantas anda a Igreja no Brasil. As atitudes de Dilma como presidente deixaram bem claro a todos quem afinal estava mentindo. No texto "De boateiros e mentirosos", está exposta a mentira a que bispos, padres, religiosos e políticos católicos se renderam para ajudar Dilma Rousseff a se eleger.

***

E, passados já 4 anos, e com a sanha abortista do PT a todo vapor, curiosamente o aborto não é assunto de campanha. A CNBB, a mesma que tristemente optou pelo veto parcial ao PLC 03/2013, não dá um pio sobre o assunto, o que seria muito simples, dado todo seu aparato de Comunicação Social e sua penetração junto à mídia. Claro que isto acontece quando há vontade, não é mesmo? Quando há "sem-terras" querendo bagunçar a CNBB arruma tempo; idem quando o que se pretende é preservar a cultura do infanticídio ainda presente em alguma tribos indígenas. Só o que não se consegue é a CNBB arrumar tempo para fazer que a defesa da vida seja um tema importante na eleição presidencial e parlamentar.

E assim vamos indo... Dilma Rousseff, a queridinha da Teologia da Libertação, tão querida que até arruma bispos e padres que assinem uma carta eivada de mentiras para enganar os eleitores, não é confrontada com suas mentiras sobre a questão do aborto. E também os outros candidatos tampouco são perguntados intensivamente sobre seus posicionamentos sobre esta questão importantíssima.

Nenhum comentário: