Chamberlain e o papel que ele achava que evitaria a guerra contra os nazistas. Não funcionou... |
Temas como infanticídio indígena, defesa do aborto, distribuição de camisinha, apoio a entidades abortistas, perseguição a padres de conhecida ortodoxia, políticos abortistas dando palestras a padres, etc., dá uma idéia dos assuntos nos quais a CNBB e órgãos e entidades a ela coligados se envolvem, quase sempre do lado errado. E olhe que estou apenas listando os temas que corriqueiramente são tratados aqui no blog... Quando o assunto envolve outros aspectos, que não são do âmbito deste blog, o buraco do poço só afunda.
A hierarquia da Igreja é coisa bem definida e por demais conhecida: Papa, bispos, padres; nesta ordem. Alguém viu a CNBB aí? Não? Pois é... Sua jurisdição é bem específica na Igreja e ela de forma alguma tem valor de um bispo, por pior que este seja. Fica pela conta do baguncismo do Brasil, mais ainda entre o meio católico, este pensar que a CNBB manda mais do que realmente manda.
Dúvidas? Nem precisamos ir muito longe... Basta ver que inúmeros bispos se mantém bem longe do que acontece nos corredores da CNBB, pois estão bem cientes do que vai por lá. Em primeiro lugar, em vários órgãos internos quem dá as cartas é algum leigo com agenda própria, e que muitas vezes tem muito pouco a ver com o que prega a Santa Igreja. É por isto que nós, católicos brasileiros, temos uma penitência que nos é imposta diariamente por gente que deveria zelar pela defesa da fé.
Mas desta vez a CNBB realmente se superou. O problema atual é o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 03/2013, que, a pretexto de buscar o auxílio às vítimas de violência sexual, na prática é mais uma tentativa obscura de procurar liberar o aborto no Brasil, o que pode ser visto no excelente artigo do Padre Paulo Ricardo. Embora várias lideranças pró-vida venham alertando para o verdadeiro "Cavalo-de-Tróia" que é esta peça legislativa e para a necessidade de veto total, a CNBB e outras entidades que representariam o lado pró-vida na questão optaram pelo VETO PARCIAL ao texto, solicitando à presidente Dilma que fossem retirados os trechos mais polêmicos.
A CNBB e as outras entidades optaram por não ver que o texto deste Projeto de Lei é repleto de problemas graves. Um exemplo: não se fala em prova de violência sexual ou mesmo da necessidade de um Boletim de Ocorrência junto aos órgãos competentes, tampouco se fala do tempo máximo após a violência para recorrer a este auxílio. Ou seja, se uma mulher em estado avançado de gravidez resolver fazer um aborto, basta que ela vá a uma unidade do SUS e diga que foi vítima de violência sexual. O único trecho em que é dito algo sobre o agressor é quando o médico que atender a mulher deverá coletar material para ser enviado para análise do serviço de Medicina Legal. Desnecessário dizer que este material será "perdido" em muitos casos.
Tudo isto é obscuro... E se o médico não conseguir coletar material, caso a gravidez esteja em estágio avançado? O que é, afinal, "profilaxia da gravidez"? O que isto significa: fornecimento de pílula abortiva, execução de um aborto, mesmo que em estágio avançado de gravidez?
Para quem lê o texto fica claríssimo que há muita coisa não esclarecida. Difícil é achar que isto não foi proposital. É evidente que foi! É uma jogada para a galera, como só os abortistas sabem fazer. Eles sabem bem que a aprovação de um texto propositadamente "meia-boca" é de grande serventia à sua causa, à liberação total do aborto. Já agora estão aparecendo notícias plantadas na grande mídia dizendo algo como religiosos são contra Projeto que auxilia mulheres vítimas de violência sexual...
Talvez seja exatamente contra esta reação que seria insuflada pelos abortistas que a CNBB e outras entidades resolveram optar pela busca do veto parcial. A CNBB, com toda a experiência que tem ao lidar com os trâmites do poder, já devia a esta altura saber que uma lei ruim serve apenas para o proveito de quem não liga para a Lei e é este exatamente o caso. Como as piores heresias, que tem uma fina casca de verdade para enganar os incautos e esconder o caminho para o inferno, as piores leis são aquelas que misturam seu amargor junto às doçuras de boas causas. Mas parece que só a CNBB e estas entidades não sabem disto...
Se a CNBB e outras entidades buscam o veto parcial devido a um cálculo estratégico, sinto informar, mas isto é um desastre. Não é dando terreno ao inimigo -- é de inimigos que estamos tratando, sim! -- que se ganha uma guerra. E eis uma novidade para a CNBB em particular: suas táticas não dão certo há muito... Quantas foram as vezes que tivemos de ver algum bispo com cargo na CNBB vir a público e se mostrar preocupadíssimo com a diminuição do número de católicos? Quantos de nós temos que aguentar irmãos de fé sendo tragados pelos apelos nada teológicos vindos de seitas inúmeras, prometendo-lhes prosperidade, curas milagrosas, etc.? E o que fez a CNBB de concreto em relação a tudo isto?
"Ah, mas a CNBB faz muito!" -- pode alguém reclamar. Mesmo? Então talvez já seja a hora de ver que faz algo muito errado, isto sim, pois há anos e anos que nada muda, não é mesmo? Da mesma forma, há anos a CNBB é, digamos, diplomática com o PT, mais ainda quando este se tornou governo. E de que adiantou isto? Tomando como exemplo apenas a defesa da vida, o que podemos ver é que nunca a Cultura da Morte andou a passos tão largos como desde que o PT chegou ao poder. Ou seja, a diplomacia da CNBB vem servindo de bem pouco, e quando a diplomacia envolve a questão da vida, podemos ver o desastre diante de nossos olhos.
É evidente que a diplomacia tem seu valor, mas é bom que se diga que muitas vezes a fraqueza e a omissão, que é pecado, escondem-se atrás da diplomacia. Uma coisa é um bispo norte-americano buscar qualquer mínima vitória na defesa da vida, como ocorreu recentemente no Texas com o banimento de abortos a partir de 20 semanas de gestação, e outra, bem diferente, é a CNBB buscar um veto parcial em um Projeto de Lei, como se isto fosse o máximo que é possível. Isto não é diplomacia, é demonstração de fraqueza, que fica mais patente quando vemos que o povo católico espera uma posição firme e valorosa frente à Cultura da Morte. Nem mesmo a iminente visita do Papa Francisco foi capaz de mexer com os brios da CNBB, que terá esta carta na manga para os próximos dias. E demonstração de fraqueza frente a um inimigo encarnecido tem o mesmo efeito que gasolina na fogueira.
Mas é bom que se diga que se a CNBB mais uma vez faz um papel no mínimo lamentável (sobre as outras entidades, principalmente Brasil Sem Aborto, como bem ensinou São Bento, é melhor calar que falar algo...), onde estão nossos bispos? Será que muitos deles acham que podem deixar este caso gravíssimo na mão da CNBB? O que será preciso para que eles entendam que isto não funciona de forma alguma?
Até o momento, apenas 2 bispos vieram a público para alertar seu rebanho sobre o perigo do PLC 03/2013: Dom Antonio Rossi Keller, de Frederico Westphalen-RS, e Dom Celso Marchiori, de Apucarana-PR. Isto é muito pouco e esta falta de ouvirmos a voz de nossos pastores em momentos tão graves só ajuda a alimentar esta ilusão que a CNBB responde pelos bispos ou de que sua voz tenha o mesmo valor que a voz de um bispo.
Para finalizar, é triste ver que tudo isto vem criando muita confusão entre os pró-vidas. Parece que encarar a política como "a arte do possível", como referido no blog Frates in Unum, já vai fazendo a cabeça de muitos... Outros acreditam nas entidades que dizem que o possível é o veto parcial. Eu prefiro pensar que quando nos acomodamos com o possível é sinal de que não merecemos o impossível.
Quanto a avaliações do que é ou não possível, já vi muitos erros de avaliação cometidos por gente que se achava muito conhecedor de tudo. Pena que as pessoas têm memória curta... Talvez poucos se lembrem que o PL 1135/91, que buscava a retirada do Código Penal da punição para o crime do aborto, teve sua votação na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados evitada várias devido ao conselho de muitos pró-vidas envolvidos com a questão, que diziam que os abortistas conseguiriam seus objetivos. Já outros pró-vidas indicavam que aquele era o momento ideal (isto ocorreu em 2007) para a votação, o que batia de frente com os que se diziam mais entendedores dos procedimentos legislativos. Por fim, após alguns adiamentos, a votação foi feita e a vitória pró-vida ocorreu de forma esmagadora, deixando claro que a avaliação dos entendidos estava completamente errada.
E quem garante que isto não é o que está acontecendo exatamente neste momento? Enquanto muitos caem no fácil discurso de fazer o que é o possível, vão abdicando do que é o correto.
Há limites ao se lidar com certos tipos de inimigos. Deveríamos talvez olhar para a primeira metade do século passado e o que a política de apaziguamento dos nazistas fez com a Europa. Corremos o risco de ficar na história como ficou o Primeiro-Ministro Neville Chamberlain, que foi negociar com Hitler e voltou com um pedaço de papel como garantia após ceder às exigências do líder nazista, tudo isto para evitar a guerra, que estouraria algum tempo depois.
Neville, os ingleses, os franceses e toda a Europa aprenderam a duras penas que há limites para certos tipos de negociação. Este "laissez faire" defendido por muitos é desastroso quando o que está em risco são vidas humanas frágeis e inocentes. Se os abortistas produzem um texto sob medida para seus propósitos o mais certo seria rejeitá-lo de todo e mostrar à população tal tentativa sorrateira, e não tentar adaptar o texto para que não faça estragos. Apenas isto já é um verdadeiro estrago.
A CNBB e outras entidades parecem querer evitar de qualquer forma um enfrentamento com nossos governantes e com certas entidades e a mídia. Deviam aprender com Winston Churchill, que substituiu no cargo a Neville Chamberlain, e a quem disse estas palavras:
Quem não acredita em veto total deveria aprender com Churchill e saber que o Senhor Deus, mais do que o que nos é possível, pede-nos para que lutemos até o final. Não é o caso de acreditar ou não, mas, sim, de lutar pelo que é o correto. O impossível só nos vem pela Graça, mas para isto é preciso confiança, e é o que parece que anda faltando muito.
A hierarquia da Igreja é coisa bem definida e por demais conhecida: Papa, bispos, padres; nesta ordem. Alguém viu a CNBB aí? Não? Pois é... Sua jurisdição é bem específica na Igreja e ela de forma alguma tem valor de um bispo, por pior que este seja. Fica pela conta do baguncismo do Brasil, mais ainda entre o meio católico, este pensar que a CNBB manda mais do que realmente manda.
Dúvidas? Nem precisamos ir muito longe... Basta ver que inúmeros bispos se mantém bem longe do que acontece nos corredores da CNBB, pois estão bem cientes do que vai por lá. Em primeiro lugar, em vários órgãos internos quem dá as cartas é algum leigo com agenda própria, e que muitas vezes tem muito pouco a ver com o que prega a Santa Igreja. É por isto que nós, católicos brasileiros, temos uma penitência que nos é imposta diariamente por gente que deveria zelar pela defesa da fé.
Mas desta vez a CNBB realmente se superou. O problema atual é o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 03/2013, que, a pretexto de buscar o auxílio às vítimas de violência sexual, na prática é mais uma tentativa obscura de procurar liberar o aborto no Brasil, o que pode ser visto no excelente artigo do Padre Paulo Ricardo. Embora várias lideranças pró-vida venham alertando para o verdadeiro "Cavalo-de-Tróia" que é esta peça legislativa e para a necessidade de veto total, a CNBB e outras entidades que representariam o lado pró-vida na questão optaram pelo VETO PARCIAL ao texto, solicitando à presidente Dilma que fossem retirados os trechos mais polêmicos.
A CNBB e as outras entidades optaram por não ver que o texto deste Projeto de Lei é repleto de problemas graves. Um exemplo: não se fala em prova de violência sexual ou mesmo da necessidade de um Boletim de Ocorrência junto aos órgãos competentes, tampouco se fala do tempo máximo após a violência para recorrer a este auxílio. Ou seja, se uma mulher em estado avançado de gravidez resolver fazer um aborto, basta que ela vá a uma unidade do SUS e diga que foi vítima de violência sexual. O único trecho em que é dito algo sobre o agressor é quando o médico que atender a mulher deverá coletar material para ser enviado para análise do serviço de Medicina Legal. Desnecessário dizer que este material será "perdido" em muitos casos.
Tudo isto é obscuro... E se o médico não conseguir coletar material, caso a gravidez esteja em estágio avançado? O que é, afinal, "profilaxia da gravidez"? O que isto significa: fornecimento de pílula abortiva, execução de um aborto, mesmo que em estágio avançado de gravidez?
Para quem lê o texto fica claríssimo que há muita coisa não esclarecida. Difícil é achar que isto não foi proposital. É evidente que foi! É uma jogada para a galera, como só os abortistas sabem fazer. Eles sabem bem que a aprovação de um texto propositadamente "meia-boca" é de grande serventia à sua causa, à liberação total do aborto. Já agora estão aparecendo notícias plantadas na grande mídia dizendo algo como religiosos são contra Projeto que auxilia mulheres vítimas de violência sexual...
Talvez seja exatamente contra esta reação que seria insuflada pelos abortistas que a CNBB e outras entidades resolveram optar pela busca do veto parcial. A CNBB, com toda a experiência que tem ao lidar com os trâmites do poder, já devia a esta altura saber que uma lei ruim serve apenas para o proveito de quem não liga para a Lei e é este exatamente o caso. Como as piores heresias, que tem uma fina casca de verdade para enganar os incautos e esconder o caminho para o inferno, as piores leis são aquelas que misturam seu amargor junto às doçuras de boas causas. Mas parece que só a CNBB e estas entidades não sabem disto...
Se a CNBB e outras entidades buscam o veto parcial devido a um cálculo estratégico, sinto informar, mas isto é um desastre. Não é dando terreno ao inimigo -- é de inimigos que estamos tratando, sim! -- que se ganha uma guerra. E eis uma novidade para a CNBB em particular: suas táticas não dão certo há muito... Quantas foram as vezes que tivemos de ver algum bispo com cargo na CNBB vir a público e se mostrar preocupadíssimo com a diminuição do número de católicos? Quantos de nós temos que aguentar irmãos de fé sendo tragados pelos apelos nada teológicos vindos de seitas inúmeras, prometendo-lhes prosperidade, curas milagrosas, etc.? E o que fez a CNBB de concreto em relação a tudo isto?
"Ah, mas a CNBB faz muito!" -- pode alguém reclamar. Mesmo? Então talvez já seja a hora de ver que faz algo muito errado, isto sim, pois há anos e anos que nada muda, não é mesmo? Da mesma forma, há anos a CNBB é, digamos, diplomática com o PT, mais ainda quando este se tornou governo. E de que adiantou isto? Tomando como exemplo apenas a defesa da vida, o que podemos ver é que nunca a Cultura da Morte andou a passos tão largos como desde que o PT chegou ao poder. Ou seja, a diplomacia da CNBB vem servindo de bem pouco, e quando a diplomacia envolve a questão da vida, podemos ver o desastre diante de nossos olhos.
É evidente que a diplomacia tem seu valor, mas é bom que se diga que muitas vezes a fraqueza e a omissão, que é pecado, escondem-se atrás da diplomacia. Uma coisa é um bispo norte-americano buscar qualquer mínima vitória na defesa da vida, como ocorreu recentemente no Texas com o banimento de abortos a partir de 20 semanas de gestação, e outra, bem diferente, é a CNBB buscar um veto parcial em um Projeto de Lei, como se isto fosse o máximo que é possível. Isto não é diplomacia, é demonstração de fraqueza, que fica mais patente quando vemos que o povo católico espera uma posição firme e valorosa frente à Cultura da Morte. Nem mesmo a iminente visita do Papa Francisco foi capaz de mexer com os brios da CNBB, que terá esta carta na manga para os próximos dias. E demonstração de fraqueza frente a um inimigo encarnecido tem o mesmo efeito que gasolina na fogueira.
Mas é bom que se diga que se a CNBB mais uma vez faz um papel no mínimo lamentável (sobre as outras entidades, principalmente Brasil Sem Aborto, como bem ensinou São Bento, é melhor calar que falar algo...), onde estão nossos bispos? Será que muitos deles acham que podem deixar este caso gravíssimo na mão da CNBB? O que será preciso para que eles entendam que isto não funciona de forma alguma?
Até o momento, apenas 2 bispos vieram a público para alertar seu rebanho sobre o perigo do PLC 03/2013: Dom Antonio Rossi Keller, de Frederico Westphalen-RS, e Dom Celso Marchiori, de Apucarana-PR. Isto é muito pouco e esta falta de ouvirmos a voz de nossos pastores em momentos tão graves só ajuda a alimentar esta ilusão que a CNBB responde pelos bispos ou de que sua voz tenha o mesmo valor que a voz de um bispo.
Para finalizar, é triste ver que tudo isto vem criando muita confusão entre os pró-vidas. Parece que encarar a política como "a arte do possível", como referido no blog Frates in Unum, já vai fazendo a cabeça de muitos... Outros acreditam nas entidades que dizem que o possível é o veto parcial. Eu prefiro pensar que quando nos acomodamos com o possível é sinal de que não merecemos o impossível.
Quanto a avaliações do que é ou não possível, já vi muitos erros de avaliação cometidos por gente que se achava muito conhecedor de tudo. Pena que as pessoas têm memória curta... Talvez poucos se lembrem que o PL 1135/91, que buscava a retirada do Código Penal da punição para o crime do aborto, teve sua votação na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados evitada várias devido ao conselho de muitos pró-vidas envolvidos com a questão, que diziam que os abortistas conseguiriam seus objetivos. Já outros pró-vidas indicavam que aquele era o momento ideal (isto ocorreu em 2007) para a votação, o que batia de frente com os que se diziam mais entendedores dos procedimentos legislativos. Por fim, após alguns adiamentos, a votação foi feita e a vitória pró-vida ocorreu de forma esmagadora, deixando claro que a avaliação dos entendidos estava completamente errada.
E quem garante que isto não é o que está acontecendo exatamente neste momento? Enquanto muitos caem no fácil discurso de fazer o que é o possível, vão abdicando do que é o correto.
Há limites ao se lidar com certos tipos de inimigos. Deveríamos talvez olhar para a primeira metade do século passado e o que a política de apaziguamento dos nazistas fez com a Europa. Corremos o risco de ficar na história como ficou o Primeiro-Ministro Neville Chamberlain, que foi negociar com Hitler e voltou com um pedaço de papel como garantia após ceder às exigências do líder nazista, tudo isto para evitar a guerra, que estouraria algum tempo depois.
Neville, os ingleses, os franceses e toda a Europa aprenderam a duras penas que há limites para certos tipos de negociação. Este "laissez faire" defendido por muitos é desastroso quando o que está em risco são vidas humanas frágeis e inocentes. Se os abortistas produzem um texto sob medida para seus propósitos o mais certo seria rejeitá-lo de todo e mostrar à população tal tentativa sorrateira, e não tentar adaptar o texto para que não faça estragos. Apenas isto já é um verdadeiro estrago.
A CNBB e outras entidades parecem querer evitar de qualquer forma um enfrentamento com nossos governantes e com certas entidades e a mídia. Deviam aprender com Winston Churchill, que substituiu no cargo a Neville Chamberlain, e a quem disse estas palavras:
"Você teve a escolha entre a guerra e a desonra. Você escolheu a desonra, e terá a guerra."
Quem não acredita em veto total deveria aprender com Churchill e saber que o Senhor Deus, mais do que o que nos é possível, pede-nos para que lutemos até o final. Não é o caso de acreditar ou não, mas, sim, de lutar pelo que é o correto. O impossível só nos vem pela Graça, mas para isto é preciso confiança, e é o que parece que anda faltando muito.
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