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quarta-feira, julho 31, 2013

Puti, a cachorra que salvou um bebê abandonado

Puti e seus filhotes no carrinho onde
o bebê Santino também passou a noite
Virrey del Pino é um bairro da região metropolitana de Buenos Aires, Argentina. É lá que uma cachorra vira-lata deu uma lição para muita gente que insiste em menosprezar a vida dos mais frágeis entre nós.

Puti recentemente foi reconhecida como uma verdadeira heroína e ficou conhecida em todo seu bairro. Motivo: na noite do dia 12 de julho, em uma destas frias noites pelas quais a região sul da América Latina vem passando, esta cadela acolheu junto a si ao bebê Santino, de 1 mês e 10 dias, que havia sido abandonado no carrinho de bebê que a cachorra utiliza como cama e que estava no quintal da casa de seus donos. Puti, que estava com filhotes de poucos dias, aceitou sem problemas a nova companhia e ficou durante toda a noite, aconchegando suas crias e o bebê, dando-lhe o calor necessário para protegê-lo do frio. Foi o que o salvou.

Pela manhã, a família dona de Puti ouviu um barulho estranho vindo da direção de onde ficava a cadela. Foram averiguar e viram que se tratava de um bebê chorando, que foi então acudido para ser limpo e alimentado. Após, Santino foi encaminhado para um hospital infantil.

A mãe do bebê apareceu dois dias após o acontecido e foi detida pela polícia. Santino e seus outros irmãos, foram encaminhados para uma Casa de Custódia.

Que dizer disto? O caso da cadela Puti evoca-nos o de um outro cão que teve a mesma atitude de acolhimento, em um caso acontecido na Tailândia e que foi aqui divulgado recentemente. Que tempos estamos vivendo, em que as mulheres, mães como a de Santino, se vêem tão desamparadas que abandonam seus filhos passando fome e no frio. Mas se "onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5,20), até mesmo os cachorros estão aí para dar lição a todos nós sobre a dignidade da vida humana, que deve ser acolhida, tratada, cuidada.

O desamparo às mães, principalmente, e às famílias em geral, está na raiz de problemas assim. Uma mulher não deve se sentir tão desesperada que possa achar que a solução para seus problemas é abandonar seu filho à própria sorte no frio e passando fome. E também o aborto, que muitos governantes, políticos e militantes abortistas querem que seja uma solução fácil, não é sequer um arremedo de solução. É, na verdade, a opção para deixar as mulheres entregues à sua própria sorte ao não atacar as raízes de seu desespero, de sua falta de perspectiva, preferindo muito mais dar-lhe algo que apenas contribui para a perpetuação do problema.

Esperemos que chegue um dia que os cães não tenham mais que ensinar aos homens como tratar seus filhos.




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