No excelente blog de Wagner Moura -- O possível e o extraordinário -- deparei-me com sua divulgação de uma matéria sobre a CPI do Aborto.
Nesta matéria, ao final, temos o seguinte parágrafo, no qual a deputada Rita Camata, que faz o gênero feminista chic na Câmara dos Deputados, fala algumas asneiras.
Em primeiríssimo lugar, a deputada deve bem saber que as leis de nosso país foram feitas para serem cumpridas. Ou a digníssima deputada tem consciência disto ou deve adquiri-la o quanto antes, pois é coisa por demais esdrúxula que uma membro do Poder Legislativo faça vistas grossas para o que está escrito no Código Penal.
Segundo a matéria, a deputada alega que uma convocação de mulheres que abortaram geraria constrangimento. E ela tem razão mesmo! A morte de seres humanos é coisa para constranger qualquer um com certeza, mais ainda se as vítimas estão ainda no ventre de suas mães.
E mais a mais, a deputada ficou devendo a prova de que há intenção de convocar mulheres que abortaram. Dizer tal coisa é uma constante nos meios feministas e filo-feministas que tentam de todas as formas barrar a CPI, mas até agora ainda não se viu ninguém da Frente Parlamentar pela Vida dizendo isto.
Mesmo se isto acontecer, o que há de mais? Se no escândalo do Mensalão foram convocados os então suspeitos de participar daquela sofisticada falcatrua, por que aqueles que contribuem para a perpetração de um CRIME CONTRA A VIDA, segundo o Código Penal, devem ter tratamento diferente?
Talvez a deputada tenha esquecido, mas ela fez um juramento quando de sua posse. Para refrescar sua memória, segue o que ela solenemente declarou:
O aborto é crime no Brasil e ela faria bem melhor se se juntasse a eles neste esforço para desmascarar a rede de omissão governamental em todos os níveis que sustenta este grave problema. Isto sim seria fazer jus ao juramento de "observar as leis".
A segunda declaração da deputada Rita Camata é tão ruim quanto a primeira.
Começando pelo final, quando a parlamentar diz que "Se as mães tivessem apoio dos homens, não recorreriam a um aborto" o que podemos dizer é que isto apenas se trata de uma tentativa estúpida de jogar no colo dos homens toda a culpa pelo mal do aborto.
Inúmeros homens se prestam a um papel execrável quando engravidam uma parceira, seja através do abandono, da pressão para abortar, do desprezo, ou até mesmo do covarde "a decisão é tua" com que tantos lavam as mãos. Nem por isto, no entanto, o aborto torna-se moralmente correto e um homem que assim contribui para o aborto deveria ser igualmente preso.
Ao invés de procurar justificativas extraordinárias que ajudem a descriminalização do aborto, a deputada deveria era esforçar-se para a criação de políticas públicas que auxiliassem mulheres em dificuldades durante a gravidez. Desta forma, as mulheres, mesmo sem o apoio de um homem (que coisa mais anti-feminista, deputada!), poderiam dar à luz seus filhos de forma mais tranqüila.
Quanto à pimeira frase de sua declaração -- "Ninguém faz aborto por prazer, porque quer" --, já faz parte do imaginário abortista mundial. Mas isto merecerá uma outra postagem de tão irreal que é.
Nesta matéria, ao final, temos o seguinte parágrafo, no qual a deputada Rita Camata, que faz o gênero feminista chic na Câmara dos Deputados, fala algumas asneiras.
"Mas a CPI ainda nem iniciou seus trabalhos e já atrai oposição. A deputada Rita Camata (PMDB-ES), conhecida por sua atuação feminista, critica a intenção do grupo de convocar mulheres que abortaram para depor – o que, no seu entendimento, geraria forte constrangimento. “A Frente Parlamentar pela Vida é um movimento moralista, machista, uma coisa fanática”, critica. A parlamentar capixaba lembrou que a mulher já é relegada a uma completa ausência de políticas de assistência nessas situações degradantes. “Ninguém faz aborto por prazer, porque quer. Se as mães tivessem o apoio dos homens, não recorreriam a um aborto”, finaliza."
Em primeiríssimo lugar, a deputada deve bem saber que as leis de nosso país foram feitas para serem cumpridas. Ou a digníssima deputada tem consciência disto ou deve adquiri-la o quanto antes, pois é coisa por demais esdrúxula que uma membro do Poder Legislativo faça vistas grossas para o que está escrito no Código Penal.
Segundo a matéria, a deputada alega que uma convocação de mulheres que abortaram geraria constrangimento. E ela tem razão mesmo! A morte de seres humanos é coisa para constranger qualquer um com certeza, mais ainda se as vítimas estão ainda no ventre de suas mães.
E mais a mais, a deputada ficou devendo a prova de que há intenção de convocar mulheres que abortaram. Dizer tal coisa é uma constante nos meios feministas e filo-feministas que tentam de todas as formas barrar a CPI, mas até agora ainda não se viu ninguém da Frente Parlamentar pela Vida dizendo isto.
Mesmo se isto acontecer, o que há de mais? Se no escândalo do Mensalão foram convocados os então suspeitos de participar daquela sofisticada falcatrua, por que aqueles que contribuem para a perpetração de um CRIME CONTRA A VIDA, segundo o Código Penal, devem ter tratamento diferente?
Talvez a deputada tenha esquecido, mas ela fez um juramento quando de sua posse. Para refrescar sua memória, segue o que ela solenemente declarou:
"Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil"Curioso que a mesma deputada que disse estas palavras venha a público indignar-se contra deputados que desejam ver a lei sendo cumprida, principalmente em matéria tão grave como o aborto.
O aborto é crime no Brasil e ela faria bem melhor se se juntasse a eles neste esforço para desmascarar a rede de omissão governamental em todos os níveis que sustenta este grave problema. Isto sim seria fazer jus ao juramento de "observar as leis".
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A segunda declaração da deputada Rita Camata é tão ruim quanto a primeira.
Começando pelo final, quando a parlamentar diz que "Se as mães tivessem apoio dos homens, não recorreriam a um aborto" o que podemos dizer é que isto apenas se trata de uma tentativa estúpida de jogar no colo dos homens toda a culpa pelo mal do aborto.
Inúmeros homens se prestam a um papel execrável quando engravidam uma parceira, seja através do abandono, da pressão para abortar, do desprezo, ou até mesmo do covarde "a decisão é tua" com que tantos lavam as mãos. Nem por isto, no entanto, o aborto torna-se moralmente correto e um homem que assim contribui para o aborto deveria ser igualmente preso.
Ao invés de procurar justificativas extraordinárias que ajudem a descriminalização do aborto, a deputada deveria era esforçar-se para a criação de políticas públicas que auxiliassem mulheres em dificuldades durante a gravidez. Desta forma, as mulheres, mesmo sem o apoio de um homem (que coisa mais anti-feminista, deputada!), poderiam dar à luz seus filhos de forma mais tranqüila.
Quanto à pimeira frase de sua declaração -- "Ninguém faz aborto por prazer, porque quer" --, já faz parte do imaginário abortista mundial. Mas isto merecerá uma outra postagem de tão irreal que é.
Um comentário:
Concordo com você em gênero número e grau.
É um crime, portanto deve ser punido na forma da lei.
Nenhum crime deve ter atenuante, não podemos escolher, qual crime deve ser aplicado o rigor da lei e qual não deve.
Somente discordo, quando não é imputado o crime ao "pai" é responsabilidade do casal que gerou essa criança de protegê-la, desde a sua concepção.
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