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Finja que eu sou uma árvore e me salve! |
Bebês prematuros abandonados à morte já não são coisa que abale uma sociedade como a inglesa. Nos EUA, Barack Obama é simplesmente o presidente mais comprometido com o avanço do aborto em seu próprio país e no mundo inteiro que já passou por lá. Aqui no Brasil, com a proteção de certos órgãos oficiais e "missionários", há tribos indígenas que ainda praticam o infanticídio de bebês com alguma deficiência ou até mesmo caso o nascimento tenha sido de gêmeos.
Ou seja, os pesquisadores Alberto Giubilini e Francesca Minerva nada mais fizeram que dizer às claras o que muita gente evita por vários motivos. Eles são apenas a vanguarda do atraso, aqueles que têm a coragem de levantar bem alto o estandarte de uma ética que há muito virou as costas para o que seria aceitável.
Mas como o fundo do poço é uma utopia ao lidarmos com a Cultura da Morte, não é de admirar o que legisladores, pressionados pela radical militância ambiental e defensora dos direitos dos animais, venham aprovando mundo afora. Na Índia, por exemplo, onde o aborto é liberado e devido à preferência cultural por bebês do sexo masculino há já detectado o aborto seletivo de bebês meninas ("A Índia e o generocídio feminino"), recentemente os golfinhos e outros cetáceos obtiveram o status de "pessoa não-humana", o que lhes conferirá direitos específicos. Esta iniciativa veio após protestos contra um parque que promovia shows aquáticos com golfinhos no estado de Kerala.
Como justificar o status de pessoa para golfinhos, orcas e assemelhados e negá-lo para seres humanos ainda não nascidos? É impensável que um golfinho possa fazer uma performance em um show, mas tudo está bem quando um bebê é trucidado ainda no ventre de sua mãe?
Mas há mais... Se os golfinhos são a bola da vez, é porque os grandes primatas (chimpanzés, gorilas, orangotangos, bonobos) já tiveram seu status de pessoa aprovado, não? Pois sim... Foi o que fez o parlamento da Espanha em 2008 ao dar direitos humanos a estes animais, o que impede, por exemplo, que estes animais sejam utilizados em comerciais, filmes, circos, etc. E isto aconteceu no mesmo país onde o aborto vem tendo seus números aumentados ano a ano. Tudo isto, claro, capitaneado pelos esquerdistas que chegaram ao poder e modificaram a legislação.
Mais? Pois não! Na Nova Zelândia o rio Whanganui -- sim: um rio! --, o terceiro maior daquele país, obteve o status de pessoa, tendo seus direitos e interesses protegidos pela lei, tendo apontado até mesmo dois guardiões legais. Que coisa curiosa, não? Ah, sim... O aborto também é legalizado na Nova Zelândia. Faz sentido.
Basta isto? Mas claro que não... Faltava a América Latina dar sua contribuição a esta loucura coletiva mundial, não é mesmo? O Equador, indo mais além, em sua mais recente Constituição deu direitos legais à natureza:
"Art. 71.- La naturaleza o Pacha Mama, donde se reproduce y realiza la vida, tiene derecho a que se respete integralmente su existencia y el mantenimiento y regeneración de sus ciclos vitales, estructura, funciones y procesos evolutivos. Toda persona, comunidad, pueblo o nacionalidad podrá exigir a la autoridad pública el cumplimiento de los derechos de la naturaleza."
Até o momento, o aborto segue ilegal no Equador, mas obviamente que grupos abortistas há anos pressionam sua legalização.
Como o Brasil não poderia ficar de fora, nunca é demais lembrar que aqui é crime inafiançável eliminar ovos de tartaruga marinha enquanto políticos, o Governo e inúmeras ONGs lutam para que o aborto seja liberado, o que deixaria tartarugas não-nascidas protegidas por lei enquanto bebês humanos não-nascidos poderiam ser eliminados livremente.
É curioso que alguns poucos levantem sua voz para mostrar que o rei está nu e deixar à vista de todos o absurdo que animais e até acidentes geográficos tenham mais "direitos" que um seu semelhante, um ser humano ainda não nascido. Milhões morrem porque não há quem lhes defenda e porque há aqueles que até negam sua humanidade para facilitar sua eliminação cruel enquanto se escandalizam ao verem um golfinho fazer uma pirueta ou um chimpanzé participar de um filme.