Sou dos que preferem acreditar na palavra daqueles que têm crédito e, em matéria de crédito, S.S. Bento XVI, mesmo quando era ainda apenas o Cardeal Ratzinger, tem muito.
Se ele, após muito meditar e orar, decidiu que fará mais bem à Santa Igreja retirando-se de seu cargo, quem sou eu para questionar seus motivos ou exigir-lhe que permaneça no cargo. Baixo minha cabeça com a mesma devoção filial que tive quando de sua eleição. Quando ainda cardeal, Josef Ratzinger virou alvo de ataques que partiam de 10 entre 10 católicos ditos "progressistas". Os que ainda tinham algum escrúpulo para falar mal de S.S. João Paulo II, direcionavam todo seu ódio ao então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Os progressistas brasileiros, capitaneados por Leonardo Boff (que nunca engoliu ter tido suas asinhas devidamente podadas por Ratzinger), eram e são particularmente maliciosos ao falar sobre S.S. Bento XVI. O mais curioso é que o tal "panzerkardinal" jamais se alterou com os ataques dos ripongas barbudos e retrógrados da América Latina. Boff apostatou e agora vive de destilar seu veneno sempre que pode contra tudo que ele em sua visão limitada e distorcida acha que é o correto. Frei Betto e outros de tal tipo continuam brincando de serem religiosos, enquanto vão tentando corroer a Igreja por dentro.
E Ratzinger, que sempre foi acusado por tais grupelhos de ser um carreirista, de apenas buscar o poder, deu-lhes um formidável tapa na cara, pois para renunciar ao ministério pontifício é preciso bem mais que apenas se sentir sem forças, é preciso uma humildade do tipo que só se adquire com anos e anos de prática.
E pensar que Boff sequer foi capaz de manter-se silencioso e evitar divulgar as besteiras que escreveu... Que contraste! Enquanto um deixa o papado e vai para uma vida de retiro e oração, o outro fica apenas esperando o cheiro de carniça para se deleitar no holofote mais próximo.
Em relação à defesa da vida, S.S. Bento XVI continuou a linha de seus antecessores, notadamente a de S.S. João Paulo II, e foi um incansável combatente pela dignidade humana desde a concepção até seu fim natural.
Abaixo segue um apanhado das declarações sobre a defesa da vida emitida por S.S. Bento XVI e divulgadas aqui no blog.
"Como é amarga a ironia daqueles que promovem o aborto entre as curas para a saúde materna. É desconcertante a tese daqueles que acreditam que a eliminação da vida é um assunto de saúde reprodutiva."
"(...) Sua Santidade aproveitou a oportunidade para falar sobre os requerimentos da lei moral natural e o consistente ensinamento da Igreja sobre a dignidade da vida humana da concepção à morte natural que obriga a todos os católicos, especialmente aos legisladores, juristas e aqueles responsáveis pelo bem comum da sociedade a trabalhar em cooperação com todos os homens e mulheres de boa vontade na criação de um sistema justo de leis capazes de proteger a vida humana em todos os estágios de seu desenvolvimento."
"Caminho para a consecução do bem comum e da paz é, antes de mais nada, o respeito pela vida humana, considerada na multiplicidade dos seus aspectos, a começar da concepção, passando pelo seu desenvolvimento até ao fim natural. Assim, os verdadeiros obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida humana em todas as suas dimensões: pessoal, comunitária e transcendente. A vida em plenitude é o ápice da paz. Quem deseja a paz não pode tolerar atentados e crimes contra a vida.Aqueles que não apreciam suficientemente o valor da vida humana, chegando a defender, por exemplo, a liberalização do aborto, talvez não se dêem conta de que assim estão a propor a prossecução duma paz ilusória. A fuga das responsabilidades, que deprecia a pessoa humana, e mais ainda o assassinato de um ser humano indefeso e inocente nunca poderão gerar felicidade nem a paz. Na verdade, como se pode pensar em realizar a paz, o desenvolvimento integral dos povos ou a própria salvaguarda do ambiente, sem estar tutelado o direito à vida dos mais frágeis, a começar pelos nascituros? Qualquer lesão à vida, de modo especial na sua origem, provoca inevitavelmente danos irreparáveis ao desenvolvimento, à paz, ao ambiente. Tampouco é justo codificar ardilosamente falsos direitos ou opções que, baseados numa visão redutiva e relativista do ser humano e com o hábil recurso a expressões ambíguas tendentes a favorecer um suposto direito ao aborto e à eutanásia, ameaçam o direito fundamental à vida."
"(...) falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural"
"No que se refere à Igreja Católica, o interesse principal das suas intervenções no campo público é a tutela e a promoção da dignidade da pessoa e, por conseguinte, ela chama conscientemente a uma particular atenção aos princípios que não são negociáveis. Entre eles, hoje emergem os seguintes:
tutela da vida em todas as suas fases, desde o primeiro momento da concepção até à morte natural; reconhecimento e promoção da estrutura natural da família, como união entre um homem e uma mulher baseada no matrimónio, e a sua defesa das tentativas de a tornar juridicamente equivalente a formas de uniões que, na realidade, a danificam e contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu carácter particular e o seu papel social insubstituível; tutela do direito dos pais de educar os próprios filhos."
Por tudo o que fez pelos católicos do mundo inteiro e por exercer tão bem a missão que lhe foi confiada, obrigado Bento XVI. Continuarei sempre a rezar para que o Senhor Deus lhe dê forças e o guarde.
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