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sexta-feira, março 22, 2013

Ainda a circular do CFM: o que faz um padre no meio desta sujeira?

São Camilo de Lelis, rogai por nós!
Se os santos do Céu, que já possuem a visão beatífica, pudessem sentir tristeza, um dos que mais estariam bem para baixo ultimamente seria São Camilo de Lelis. Alguns de seus filhos espirituais, os conhecidos camilianos, cujo admirável carisma é o cuidado físico e espiritual de doentes, não parecem ligar muito para a herança que receberam de seu fundador.

Difícil é imaginar o que um padre, ainda mais um camiliano, estaria fazendo ao se juntar com gente favorável ao aborto para participar de uma mesa redonda cujo assunto seria "Aborto e Desigualdade Social"... Quando sabemos que o tal padre é já um velho conhecido do movimento Pró-Vida (mas não pelos motivos corretos, infelizmente), a coisa começa a feder um pouco mais. É exatamente isto que nos mostra o blogueiro Wagner Moura em uma postagem excelente na qual é mostrada o envolvimento do Padre Christian De Paul De Barchifontaine, camiliano e reitor do Centro Universitário São Camilo, com um grupo de estudos do CFM sobre o aborto.

Eis um pequeno trecho da postagem do blog "O Possível e o Extraordinário":

"E sobre o padre camiliano? Vamos lá. Peguem seu saquinhos de vômito… Este homem que atualmente é o REITOR do Centro Universitário São Camilo – um centro de ensino CATÓLICO -, o PADRE Dr. Christian de Paul de Barchifontaine é um velho conhecido do movimento pró-vida, mas infelizmente não é conhecido por defender a vida humana. Deixo que ele mesmo se apresente aos novatos… Eis a seguir o que o padre camiliano do “grupo técnico” – sobre aborto – do CFM diz sobre o assunto já em 1996 para a abortada Revista Manchete: 
“Em São Paulo, o professor de Bioética, Christian De Paul De Barchifontaine, faz uma análise das diferentes escolas que discutem o início da vida e questiona a chamada teoria concepcionista, que situa a vida no momento exato da concepção e é defendida pela Igreja: ‘Nesse caso, o que dizer dos abortos espontâneos? É um desperdício da natureza?’. O comentário não seria muito natural se, entre suas múltiplas atividades (enfermeiro e diretor de Faculdade), o Dr. Barchifontaine não fosse também o padre Christian, que não esconde a contrariedade sobre a posição de sua Igreja: ‘O que ela deveria fazer era promover mais a educação, admitir e transmitir as informações sobre os métodos anticoncepcionais. A ciência existe para melhorar a qualidade de vida das pessoas e a Igreja tem que caminhar com estas evoluções’. Na questão do aborto, padre Christian é francamente feminista: ‘Quem conhece o sofrimento pelo qual passa uma mulher que aborta? Qual é o ombro ao qual ela pode recorrer? A sociedade culpa e marginaliza a mulher, mas, até onde sei, são necessárias duas pessoas para se fazer um filho’”."

Que coisa, não? Eu, se fosse religioso e estivesse uma tal mesa-redonda, cujas conclusões parecem ter servido de base para a infeliz circular emitida pelo Conselho Federal de Medicina, a primeira coisa que faria seria divulgar meu total repúdio à tal circular. Não foi o que o Senhor Jesus ensinou seus discípulos a fazer quando entrassem em uma cidade e esta não ouvisse a pregação que lhes fosse dada? Não lhes foi dito para sacudirem a poeira de suas sandálias e partir para a próxima cidade? Mas Padre Christian pensa diferente, pelo jeito... Então tá.

Há séculos, quando a Itália sofria com a peste, não foram poucos os camilianos, então uma novíssima ordem da Santa Igreja, que prestaram serviços aos doentes e necessitados, chegando ao ponto de dar suas vidas em sacrifício, inspirados pelo exemplo de seu santo fundador, que lhes apontava para Nosso Senhor Jesus Cristo. Séculos depois, cá no Brasil, depois de décadas de desertificação produzida pela Teologia da Libertação, camilianos como Pe. Christian acham-se à vontade o suficiente para participar de mesas-redondas onde o apoio ao aborto de não-nascidos por parte do CFM foi consumado.

Que diferença! É como trocar a posição de mártir pela de algoz. Parece mesmo que há gosto para tudo...

São Camilo de Lelis, rogai por nós!

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