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terça-feira, março 06, 2012

Cultura da Morte: o infanticídio


Na última semana, vários foram os veículos de imprensa que publicaram notas sobre um artigo de dois estudiosos de Bioética no qual eles trataram da aceitabilidade do que eles chamaram de "aborto pós-parto" ("Pergunta abortista: E por que um bebê deveria viver?").

É bom que se diga que "aborto pós-parto" é coisa que não existe. Isto é mero palavrório para o velho infanticídio, coisa que é tão abjeta que até mesmo os autores do tal artigo evitaram chamá-lo pelo seu nome correto, procurando antes inventar um termo contraditório, aproveitando a aceitação do aborto para ir mais além em seus delírios demoníacos.

A oposição que se levantou por todo o mundo em relação ao tal artigo é muito positiva, sem dúvida alguma, mas é também um sinal do que vai muito errado em nosso meio. Para mim, a surpresa é que não haja mais gente indignada com o que vem acontecendo entre nós há décadas. Foi preciso que o artigo dos pesquisadores imprimisse na mente de muitos as imagens de bebês já fora do útero de suas mães sendo massacrados por mera conveniência para que muitos visualizassem todo o horror da Cultura da Morte.

Os pesquisadores, se é que podemos chamar assim gente que gasta tempo e esforços próprios e da sociedade para produzir suporte intelectual ao assassinato de bebês, simplesmente não levantaram um dia e resolveram que era chegado o momento de defender o puro e simples assassinato de bebês após o parto. Isto é um processo longo e tortuoso (como na lição que nos passa o célebre filme de Ingmar Bergman, "O ovo da serpente") e que a muitos vai passando perigosamente despercebido.

Quem vê as premissas que são a base do raciocínio dos autores Giubilini e Minerva, nota que elas são aceitas como corretíssimas por muita gente que provavelmente fez cara de nojo ao saber o que os pesquisadores haviam publicado. Quem aceita as premissas dos pesquisadores e vira a cara para a conclusão final de seu raciocínio, que é a aceitação do infanticídio, porta-se como um abortista que se indigna quando vê um pró-vida portando um cartaz com um feto destroçado resultante de um aborto "bem sucedido". É um grande covarde, pois quer lutar pelo direito do aborto mas não quer sequer encarar as conseqüências de tal "direito".

Mas este episódio não deixou lições apenas para abortistas de meia-tigela... A verdade, a mais pura verdade, é que o infanticídio vem sendo defendido, na prática, em várias instâncias mundo afora

Aqui mesmo no Brasil, conforme já divulgado neste blog, há certas comunidades indígenas que ainda praticam o infanticídio, com o aval de certos antropólogos e "missionários" que se importam bem pouco com o Reino de Deus. Um distorcido princípio de não-intervencionismo faz com que crianças indígenas de certas comunidades sejam cruelmente mortas por serem gêmeas ou portadoras de alguma deficiência.

Como o mal não é privilégio dos ignorantes, na sofisticadíssima e abastada Holanda o infanticídio é também praticado, com o aval das leis. Parece que por lá a Justiça é cega não para ser justa, mas para não ter de ver a perversão que os legisladores criaram com suas leis que mais parecem escritas pelo próprio diabo.

Mas este festival de horrores aos quais assistimos há muito não pára por aí...

Recentemente, em um debate envolvendo os pré-candidatos rebuplicanos às próximas eleições presidenciais dos EUA, o conhecido político Newt Gingrich perguntou por que a grande imprensa daquele país jamais confrontou Barack Obama com seu favorecimento ao infanticídio quando era senador do estado de Illinois. -- Como assim? Que conversa é esta? -- muitos indagaram, entre democratas e republicanos.

Não, isto não se trata do tristemente famoso "Aborto por Nascimento Parcial", um procedimento que já é de gelar o coração até dos mais fortes, no qual o bebê já quase  plenamente formado é retirado do útero de sua mãe, à exceção de sua cabeça, na qual é feito um buraco e enfiado um tubo por onde seu cérebro será sugado. Este procedimento é um horror à parte e teve também o apoio incondicional de Obama, mas não é sobre isto que Newt Gingrich falava.

O político republicano falava especificamente sobre Obama ter votado contra o Illinois´ Born Alive Infant Protection Act [Ato de Proteção ao Bebê Nascido Vivo do Estado de Illinois]. Esta legislação visava que crianças que acaso tivessem sobrevivido a tentativa de aborto fossem reconhecidas legalmente como pessoas, sendo obrigatório que lhes fossem dispensados cuidados médicos para mantê-las vivas.

Pois bem, nas 3 oportunidades em que esta legislação foi apresentada ao senado estadual de Illinois, o então senador Barack Obama votou contra. Para Obama, o suposto direito ao aborto vai tão longe que inclui a possibilidade de na eventualidade de um bebê sobreviver ao procedimento de aborto, que este seja abandonado à morte, como em casos já acontecidos na Grã-Bretanha nos quais até mesmo bebês que não haviam sido abortados foram deixados sem cuidado médico para que morressem ("Um bebê abandonado à morte" e "Hitler venceu?").

Ou seja, os pesquisadores Giubilini e Minerva não estão, infelizmente, falando de coisas novas. A Cultura da Morte vai tão avançada pelo mundo que uma pessoa como Obama consegue se eleger presidente da nação mais poderosa do mundo sem que a imprensa sequer o indague sobre suas ações como político, que na prática favoreceram o infanticídio. Vai tão avançada, que se sente à vontade com a promoção do infanticídio nos mais escondidos grotões brasileiros ou na cosmopolita e pervertida Holanda.


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