A senhora Ruth de Aquino, redatora-chefe da revista Época, utiliza dados fantasiosos para tentar argumentar sobre aborto. Tentativa vã e desastrada, como de costume entre aqueles que se prestam ao papel de defender o aborto, este verdadeiro holocausto silencioso de nosso tempo.
Aos que lhe alertaram para o erro de utilizar tais dados, ela não teve dúvidas e respondeu que tais dados são, sim, uma estimativa, mas que a fonte é o próprio Ministério da Saúde e da OMS. Para ela, isto basta. Se vem do Ministério da Saúde e da OMS, para a jornalista, então deve ser verdade.
Jornalismo bem chinfirim este da senhora Ruth, pois ela nem mesmo se dá ao trabalho de checar suas fontes. Muito melhor fez a estimada Dra. Zilda Arns, coordenadora nacional da Pastoral da Criança, que entrou em contato com a OMS e soube, da própria fonte, que a OMS jamais fez tal estimativa no Brasil. Ou seja, os dados que a jornalista colocou em seu artigo sobre aborto são tão verdadeiros quanto uma nota de 3 dólares.
Na verdade, verdade mesmo, é tudo mentira.
Em casos assim, é para perguntarmos o que faltou à jornalista. Faltou tempo para pegar um telefone e checar os tais dados? Dificilmente. Imaginamos que uma redatora-chefe tenha alguma secretária ou secretário à sua disposição para fazer um trabalho tão simples como este. Faltou o que, então? Disposição? Provavelmente, pois tirar da cartola os tais mais de 1 milhão de abortos cometidos (sim, crime se comete!) e seguir a onda de ONGs abortistas é bem mais fácil que fazer um trabalho jornalístico digno de tal nome. Faltou boa vontade? Provavelmente, pois os dados inchados que ela quis utilizar em seu artigozinho serviram como uma luva em sua tentativa de argumentação.
A senhora Ruth de Aquino tomou como deixa para seu artigo a exibição de um filme sobre o aborto no Festival "É tudo verdade". Ah... A doce Zona Sul do Rio! Com seus festivais de cinema que abordam questões importantes e fazem as pessoas capazes de tudo absorver sobre uma questão em apenas 72 minutos! Uma hora e pouco de projeção seguido de um papo-cabeça e todos os lados de uma questão são pesados e o veredito está pronto: aborto é um direito! Nada como um bom filme -- nacional, é claro -- para que nossa visão de mundo seja colocada no caminho certo.
Na telona, uma menina estuprada que vai abortar. Apelação? Claro que não! A diretora queria mostrar a crueza da vida, aquela coisa orgânica, que só é totalmente compreendida pela elite cultural paulista ou pelos dândis da Zona Sul carioca. Curioso que estas mesmas pessoas foram os que chamaram o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz de "fundamentalista", "fanático", "carola", "falso moralista" e outros adjetivos impublicáveis quando ele teve a petulância de levar ao Congresso Nacional filhos concebidos em estupros. Ué, mas isto também não é realidade? Não mesmo! Para este pessoal, a realidade é apenas aquilo que eles querem que seja.O resto é apelação de reacionários, conservadores.
Um bom jornalista denunciaria esta diferença na pesagem e na medida. A senhora Ruth de Aquino prefere calar-se e dar voz aos descolados. Afinal, eles têm uma causa. O aborto é uma causa para tais pessoas, uma causa inconseqüente, uma causa hedionda, mas uma causa. Causa errada.
Um bom jornalista não escreveria a besteira que a senhora Ruth de Aquino escreveu: "No Brasil, o aborto só é legal em casos de estupro ou risco de morte da mãe". Não, o aborto, no Brasil, jamais é legal. Há diferenças entre algo ser legal e algo não ser punido. Mas isto provavelmente não importa à jornalista, pois estes preciosismos jurídicos só atrapalham a causa, não é mesmo?
Ou seja, o artigo da senhora Ruth de Aquino é apenas um emaranhado de dados fictícios com descrições de cenas de efeito emotivo pinçadas de um filme. Não há nada de jornalismo nisto, pelo menos não de jornalismo sério.
Aos que lhe inquiriram sobre o teor do artigo e seus erros, ela escreveu declarando que sua coluna não se prestava a ser um jornalismo objetivo e nem imparcial, que era apenas a expressão de sua opinião. Ok, sem problemas, podemos partir daí.
Na verdade, a jornalista nem precisava declarar tal coisa. Os dados de seu artigo e a superficialidade com que a questão do aborto é tratada deixa bem claro a todos que a objetividade passa bem longe de seu texto. Isto é óbvio a quem a lê. Que ela é parcial, é mais do que claro. Desnecessário que ela esclareça isto também. Mas, se seu texto parte de dados fantasiosos e sua (pseudo-)argumentação é parcial, a senhora Ruth de Aquino quer mesmo ser levada a sério? E por que a levaríamos a sério? Apenas porque ela se emocionou com o drama de tantas mulheres demonstrado no filme? Ok, partamos disto também.
A única coisa que a jornalista deseja é emocionar quem a lê com as histórias deveras dramáticas de mulheres que passam pelo drama do aborto. E, aproveitando desta emoção que é trazida à tona, angariar apoio à causa do aborto. Para ela, mostrar uma menina estuprada e grávida abortando é um caminho válido para criar uma consciência abortista. Mostrar uma mulher humilde que foi denunciada por abortar e esteve algemada é também um caminho que serve à causa.
São cenas emocionantes? Com certeza que sim. E quem há de negar? Mas será que a questão do aborto será mesmo resolvida com a veiculação de imagens que causam emoção? Conhece a jornalista um filme chamado "O grito silencioso" ("The silent scream")? Merecerá ele também um artigo? Ou a cena de um feto lutando por sua vida é apelativa? E um filme como "Juno", será que merece um artigo da jornalista também? A história de uma adolescente que decide levar sua gravidez ao final é apelativa para os parâmetros da patota?
Os números agigantados e fictícios da jornalista falam em mais de 1 milhão de abortos por ano no Brasil. Segundo os números oficiais do SUS, os números totais de mortes decorrentes de todo tipo de complicações em aborto provocados foram 6, 7 e 11 em 2002, 2003 e 2004, respectivamente. Repetindo, são dados do SUS, disponíveis para consulta a qualquer pessoa com acesso à internet.
Nós, pró-vidas, lamentamos cada uma destas mortes, mortes que em sua maioria poderiam ser evitadas se a sociedade resolvesse que tais mães são dignas de serem amparadas durante a gravidez e na criação de seus filhos. Mas a fina nata da sociedade, aquela que vai a festivais de cinema na Zona Sul do Rio, só quer saber de dar o tal "direito" de cometer um crime a estas mulheres. Isto rende filmes, rende festivais, rende pontos na turma.
E será que a jornalista lamenta -- utilizando-se seus números fictícios -- os mais de 1 milhão de mortes causadas anualmente? Ou será que ela imagina que o fruto de um aborto é o que? Mas lamentar o que, não é mesmo? Se ela nem mesmo aborda o ponto principal da questão do aborto em seu artigo: que este é e sempre será a eliminação de uma vida humana.
E se algum pró-vida resolvesse fazer um filme no qual uma pilha imensa de crianças abortadas nas mais diversas fases da gravidez aparecesse? Seria muito apelativo para a patota? Causaria frisson em jornalistas? E, no entanto, tudo isto seria verdade. Uma cruel e dura verdade a que tantos querem virar o rosto. Tomando-se os números da senhora Ruth de Aquino, em 10 anos a pilha de mortos seria de fazer inveja aos carrascos de Auschwitz e Treblinka. Isto só no Brasil.
Há quem chame defender este holocausto de direito à opinião, de democracia. Eu chamo de crueldade, de covardia.
Aos que lhe alertaram para o erro de utilizar tais dados, ela não teve dúvidas e respondeu que tais dados são, sim, uma estimativa, mas que a fonte é o próprio Ministério da Saúde e da OMS. Para ela, isto basta. Se vem do Ministério da Saúde e da OMS, para a jornalista, então deve ser verdade.
Jornalismo bem chinfirim este da senhora Ruth, pois ela nem mesmo se dá ao trabalho de checar suas fontes. Muito melhor fez a estimada Dra. Zilda Arns, coordenadora nacional da Pastoral da Criança, que entrou em contato com a OMS e soube, da própria fonte, que a OMS jamais fez tal estimativa no Brasil. Ou seja, os dados que a jornalista colocou em seu artigo sobre aborto são tão verdadeiros quanto uma nota de 3 dólares.
Na verdade, verdade mesmo, é tudo mentira.
Em casos assim, é para perguntarmos o que faltou à jornalista. Faltou tempo para pegar um telefone e checar os tais dados? Dificilmente. Imaginamos que uma redatora-chefe tenha alguma secretária ou secretário à sua disposição para fazer um trabalho tão simples como este. Faltou o que, então? Disposição? Provavelmente, pois tirar da cartola os tais mais de 1 milhão de abortos cometidos (sim, crime se comete!) e seguir a onda de ONGs abortistas é bem mais fácil que fazer um trabalho jornalístico digno de tal nome. Faltou boa vontade? Provavelmente, pois os dados inchados que ela quis utilizar em seu artigozinho serviram como uma luva em sua tentativa de argumentação.
A senhora Ruth de Aquino tomou como deixa para seu artigo a exibição de um filme sobre o aborto no Festival "É tudo verdade". Ah... A doce Zona Sul do Rio! Com seus festivais de cinema que abordam questões importantes e fazem as pessoas capazes de tudo absorver sobre uma questão em apenas 72 minutos! Uma hora e pouco de projeção seguido de um papo-cabeça e todos os lados de uma questão são pesados e o veredito está pronto: aborto é um direito! Nada como um bom filme -- nacional, é claro -- para que nossa visão de mundo seja colocada no caminho certo.
Na telona, uma menina estuprada que vai abortar. Apelação? Claro que não! A diretora queria mostrar a crueza da vida, aquela coisa orgânica, que só é totalmente compreendida pela elite cultural paulista ou pelos dândis da Zona Sul carioca. Curioso que estas mesmas pessoas foram os que chamaram o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz de "fundamentalista", "fanático", "carola", "falso moralista" e outros adjetivos impublicáveis quando ele teve a petulância de levar ao Congresso Nacional filhos concebidos em estupros. Ué, mas isto também não é realidade? Não mesmo! Para este pessoal, a realidade é apenas aquilo que eles querem que seja.O resto é apelação de reacionários, conservadores.
Um bom jornalista denunciaria esta diferença na pesagem e na medida. A senhora Ruth de Aquino prefere calar-se e dar voz aos descolados. Afinal, eles têm uma causa. O aborto é uma causa para tais pessoas, uma causa inconseqüente, uma causa hedionda, mas uma causa. Causa errada.
Um bom jornalista não escreveria a besteira que a senhora Ruth de Aquino escreveu: "No Brasil, o aborto só é legal em casos de estupro ou risco de morte da mãe". Não, o aborto, no Brasil, jamais é legal. Há diferenças entre algo ser legal e algo não ser punido. Mas isto provavelmente não importa à jornalista, pois estes preciosismos jurídicos só atrapalham a causa, não é mesmo?
Ou seja, o artigo da senhora Ruth de Aquino é apenas um emaranhado de dados fictícios com descrições de cenas de efeito emotivo pinçadas de um filme. Não há nada de jornalismo nisto, pelo menos não de jornalismo sério.
Aos que lhe inquiriram sobre o teor do artigo e seus erros, ela escreveu declarando que sua coluna não se prestava a ser um jornalismo objetivo e nem imparcial, que era apenas a expressão de sua opinião. Ok, sem problemas, podemos partir daí.
Na verdade, a jornalista nem precisava declarar tal coisa. Os dados de seu artigo e a superficialidade com que a questão do aborto é tratada deixa bem claro a todos que a objetividade passa bem longe de seu texto. Isto é óbvio a quem a lê. Que ela é parcial, é mais do que claro. Desnecessário que ela esclareça isto também. Mas, se seu texto parte de dados fantasiosos e sua (pseudo-)argumentação é parcial, a senhora Ruth de Aquino quer mesmo ser levada a sério? E por que a levaríamos a sério? Apenas porque ela se emocionou com o drama de tantas mulheres demonstrado no filme? Ok, partamos disto também.
A única coisa que a jornalista deseja é emocionar quem a lê com as histórias deveras dramáticas de mulheres que passam pelo drama do aborto. E, aproveitando desta emoção que é trazida à tona, angariar apoio à causa do aborto. Para ela, mostrar uma menina estuprada e grávida abortando é um caminho válido para criar uma consciência abortista. Mostrar uma mulher humilde que foi denunciada por abortar e esteve algemada é também um caminho que serve à causa.
São cenas emocionantes? Com certeza que sim. E quem há de negar? Mas será que a questão do aborto será mesmo resolvida com a veiculação de imagens que causam emoção? Conhece a jornalista um filme chamado "O grito silencioso" ("The silent scream")? Merecerá ele também um artigo? Ou a cena de um feto lutando por sua vida é apelativa? E um filme como "Juno", será que merece um artigo da jornalista também? A história de uma adolescente que decide levar sua gravidez ao final é apelativa para os parâmetros da patota?
Os números agigantados e fictícios da jornalista falam em mais de 1 milhão de abortos por ano no Brasil. Segundo os números oficiais do SUS, os números totais de mortes decorrentes de todo tipo de complicações em aborto provocados foram 6, 7 e 11 em 2002, 2003 e 2004, respectivamente. Repetindo, são dados do SUS, disponíveis para consulta a qualquer pessoa com acesso à internet.
Nós, pró-vidas, lamentamos cada uma destas mortes, mortes que em sua maioria poderiam ser evitadas se a sociedade resolvesse que tais mães são dignas de serem amparadas durante a gravidez e na criação de seus filhos. Mas a fina nata da sociedade, aquela que vai a festivais de cinema na Zona Sul do Rio, só quer saber de dar o tal "direito" de cometer um crime a estas mulheres. Isto rende filmes, rende festivais, rende pontos na turma.
E será que a jornalista lamenta -- utilizando-se seus números fictícios -- os mais de 1 milhão de mortes causadas anualmente? Ou será que ela imagina que o fruto de um aborto é o que? Mas lamentar o que, não é mesmo? Se ela nem mesmo aborda o ponto principal da questão do aborto em seu artigo: que este é e sempre será a eliminação de uma vida humana.
E se algum pró-vida resolvesse fazer um filme no qual uma pilha imensa de crianças abortadas nas mais diversas fases da gravidez aparecesse? Seria muito apelativo para a patota? Causaria frisson em jornalistas? E, no entanto, tudo isto seria verdade. Uma cruel e dura verdade a que tantos querem virar o rosto. Tomando-se os números da senhora Ruth de Aquino, em 10 anos a pilha de mortos seria de fazer inveja aos carrascos de Auschwitz e Treblinka. Isto só no Brasil.
Há quem chame defender este holocausto de direito à opinião, de democracia. Eu chamo de crueldade, de covardia.
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