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quinta-feira, dezembro 04, 2014

Proibir abortos aumenta a mortalidade materna? O Chile está provando o contrário.

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Um dos pseudo-argumentos mais utilizados pela militância abortista é o de que criminalizar abortos aumenta a mortalidade materna, pois segundo eles as mulheres não deixarão de abortar e irão procurar alternativas "inseguras". 

Esta forma de raciocínio é torta, como é de praxe entre os abortistas, e tenta apenas tirar do aborto toda a carga ética que envolve a questão, deixando o procedimento como uma mera redução de riscos para a saúde das mulheres que abortam. 

Colocando de lado o fato de que qualquer aborto jamais é seguro, pois sempre haverá ao menos uma morte, uma pesquisa no Chile mostrou que uma tal linha de pensamento é tão firme quanto um prego na areia. Nesta pesquisa é demonstrado que os índices de mortalidade materna caíram desde que aquele país proibiu a prática do aborto em 1989: de 41,3 para 12,7 -- redução de 69,2% -- foi a queda do número de mortes maternas por 100.000 mulheres, o que coloca o Chile como o 2o. melhor colocado nas Américas, à frente até mesmo dos EUA.

Porém, segundo o raciocínio da militância abortista, dada a proibição do aborto, era para se esperar um aumento do número de mulheres hospitalizadas em virtude do aumento de abortos ilegais, não é mesmo? Mas a realidade, esta velha desconhecida dos abortistas, mostra que isto não acontece no Chile, que vem registrando uma contínua queda no número de altas hospitalares devido a abortos ilegais. E para reforçar ainda mais este dado, o número de altas hospitalares devido a problemas naturais na gravidez, tais como gravidez ectópica ou abortos espontâneos, vem se mantendo constante, o que demonstra ainda mais a relevância da queda no número de altas relacionadas a abortos ilegais.



A pesquisa, coordenada pelo epidemiologista Elard Koch, revela ainda outros dados interessantes: medo e coerção são responsáveis por 70% das respostas quando as mulheres são inquiridas sobre o motivo de estarem pensando em recorrer ao aborto. Este dado deita por terra o tal "direito de escolha" tão na boca da militância abortista/feminista e mostra que liberar o aborto é exatamente dar força a quem oprime e coage as mulheres, seja o marido, namorado, companheiro ou família.

É evidente que a proibição do aborto por sí só não pode ser a responsável pela diminuição da mortalidade materna no Chile, e vários especialistas apontam diversas políticas públicas relacionadas à saúde da mulher, o aumento do nível de escolaridade da população e, mais recentemente, programas de apoio emergencial a mulheres vulneráveis e que passam por gravidezes indesejadas.

Ou seja, o Chile optou pelo caminho mais árduo, porém necessário: dar saúde de qualidade, educação e apoio às mulheres. Isto é bem diferente do que acontece no Brasil, em que a Saúde Pública está em frangalhos, a educação é de péssima qualidade e as mulheres que desejam ter seus filhos e que passam por dificuldades são tratadas como cidadãs de segunda-classe, sem o mínimo de apoio sério por parte do Estado.

E enquanto o Chile vai melhorando seus índices populacionais indo na contramão do senso comum abortista, provando que para diminuir mortes maternas não é preciso descriminalizar o aborto, mas sim dar acesso a serviços de saúde de qualidade, educação e apoio, nós ficamos aqui vendo militantes feministas/abortistas e até mesmo revistas de circulação nacional tentando empurrar a agenda abortista à toda a população, mesmo que isto signifique mais e mais mortes, seja de mães ou de filhos.